Os Bandidos do Cante, dia 6, a fadista Raquel Maria, dia 5, Noura, dia 4, e as Tresmoças, dia 7, são os destaques do cartaz musical da Fiada – Feira Internacional de Artesanato, Design e Outras Artes, que se realiza no Jardim das Artes, na Covilhã, entre 4 e 7 de setembro, e junta mais de 50 expositores.
O evento, que vai na quarta edição, pretende aliar o artesanato ao design, para potenciar a inovação de produtos, assim como dar ferramentas aos artesãos para quem criem valor com o seu trabalho.
Na Feira Nacional de Artesanato vão estar presentes 40 expositores, escolhidos entre 142 candidaturas.
“Foi um processo de seleção mais desafiante”, disse hoje a vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, durante a conferência de imprensa de apresentação do certame.
A escolha foi feita com base nas diferentes técnicas utilizadas e na representatividade geográfica.
No Jardim das Artes vão estar presentes mais dez ‘stands’ de entidades convidadas, além de expositores com “sabores locais”.
As cidades criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) portuguesas na área do artesanato, Barcelos, Caldas da Rainha e Castelo Branco, vão estar representadas, assim como a cidade criativa do design Bilbao, de Espanha.
Segundo Regina Gouveia, “este ano estará presente mais inovação, que se traduz em eficácia”, sublinhando que tem existido a intenção de em cada edição ter “sempre algo novo, que surpreenda, que preencha lacunas ou corresponda a um objetivo que se considera importante”.
“Teremos mais artes, mais interações com outros projetos, com outras entidades”, sustentou.
Estão programadas várias exposições, instalações e, na Tenda Eco-Creators e na Tenda Fiada por Miúdos, vão ser promovidas várias oficinas criativas para adultos e para crianças, com foco no design e na sustentabilidade.
Amanhã tem início a residência artística “O fio do barro”, orientada por Fátima Nina.
Com o objetivo de investir na capacitação dos artesãos, vai decorrer um seminário, dinamizado pelo Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE) e pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), sobre requisitos para ter esse estatuto e medidas de apoio.
Estão também previstas ações de formação para artesãos sobre estratégias e recursos que ajudem a divulgar e valorizar o trabalho feito.
A vereadora ilustrou a importância deste tipo de ação, dando como exemplo que “dos muitos artesãos da Covilhã, só três têm a Carta de Artesão”.
“Consideramos que é algo bastante relevante, mas também diferenciador num evento deste tipo”, enfatizou a autarca, que frisou estar assim a Fiada a “cumprir uma missão fundamental, que é a capacitação dos artesãos, para que evoluam”.
A Fiada será também palco do II Encontro de Autores da Região das Beiras e Serra da Estrela, com atividades associadas, como um concerto de piano e poesia por João Semedo e Pedro Lacerda, dia 6 de setembro, às 14:00.
No último dia são entregues os prémios Melhor Peça de Artesanato Inovação Pelo Design e Melhor Peça de Artesanato Identidade Covilhã.
A vereadora com o pelouro da Cultura sublinhou que se procurou acentuar o evento como um espaço de cruzamentos e de encontro.
“Tentámos fazer convergir várias entidades, vários projetos, porque este deve ser um lugar de encontros”, reforçou Regina Gouveia, que mencionou o propósito de, durante estes dias, “tornar o Jardim das Artes ainda mais especial”.
A Fiada tem este ano um orçamento de 70 mil euros e o apoio do IEFP.
A Covilhã recebeu em 2021 a distinção Cidade Criativa da UNESCO na área do design.