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Filarmónica existe há 100 anos na Erada

Sónia Fernandes lidera a direção da coletividade que, este ano, completa 100 anos de existência. Lembra que a banda, que hoje conta com 27 músicos, sempre foi um espaço “aberto a todos”, e que por lá passaram elementos de quase todas as famílias da Erada

Na Erada, freguesia do concelho da Covilhã, existe uma associação pela qual passaram todas, ou praticamente todas, as famílias da localidade. Fosse como músico, dirigente ou maestro. Trata-se da Filarmónica Recreativa Eradense que, em 2024, comemora 100 anos de vida, uma data que será assinalada ao longo do ano com diversas realizações.

“A Filarmónica é uma associação muito acarinhada por toda a população. Praticamente todos os eradenses tiveram ou têm familiares lá. Além disso, é uma coletividade muito ativa na freguesia, não só por realizar as festas da aldeia, como também por levar a cabo atividades, de forma autónoma, e às quais a população já se habituou. Isso leva posteriormente a um maior convívio entre os residentes e para muitos, é a oportunidade de saírem das suas rotinas e usufruirem de algo diferente” conta Sónia Fernandes, 32 anos, enfermeira, e que lidera a direção da coletividade.

Segundo a responsável, a Filarmónica tem sido sempre “um espaço aberto a todos”, ao longo da sua existência, independentemente da idade, sexo, ou conhecimentos musicais. “Alegramo-nos ao dizer que apenas dois músicos não são da Erada, mas têm laços fortes à aldeia, o que demonstra que no Interior, nomeadamente nas aldeias, existe potencial”. A banda local é, atualmente, constituída por um total de 27 elementos, “todos eles dedicados e esforçados, uma vez que temos executantes a viverem fora do concelho da Covilhã e com profissões que limitam a sua disponibilidade” conta Sónia. Na Filarmónica Recreativa Eradense existe ainda uma escola de música em funcionamento que conta com quatro crianças que, segundo a responsável, em breve integrarão a banda.

Sónia Fernandes reconhece que atingir o centenário é “um marco muito importante para a coletividade” e também “uma responsabilidade presidir a mesma.” A celebração dos 100 anos é, segundo a responsável, uma forma de homenagear e relembrar todos aqueles que fizeram parte desta família. “De todos os nossos antepassados, pois sem eles não estaríamos a comemorar a data. Devemos, a todos os que fizeram parte desta família, honrar a farda que vestimos e ter brio nas nossas atuações. Este sentimento é tido também por toda a restante direção, maestro, executantes e população” garante.

 

Novas fardas a caminho

 

Para o ano de 2024 já estão programadas várias atividades, como por exemplo, o regresso ao palco do Teatro Municipal da Covilhã, num concerto que contará com o artista FF (Fernando Fernandes), ou a gravação do primeiro CD da banda filarmónica. Além disso, há também o objetivo de “promover a vinda de Orquestras Nacionais, profissionais, à nossa aldeia. E claro, realizaremos mais uma vez o Encontro de Bandas, com a participação de uma fanfarra de França” garante a presidente da direção, que anuncia também a elaboração de uma exposição sobre a Filarmónica, com registos fotográficos antigos, manuscritos e fardamentos já utilizados. “Também em 2024 inauguremos o nosso novo fardamento” assegura Sónia Fernandes.

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