O Ferro tem aberto ao público, desde o último sábado, 12, a Forja, uma antiga oficina de um ferreiro com o aspeto original, que permite a visita ao espaço 24 horas por dia.
“O nosso objetivo é tentar preservar aquilo que era o passado da nossa freguesia, para manter as nossas raízes. E a forja é uma delas. Queremos manter, em vez de destruir. O objetivo é preservar as antiguidades da nossa freguesia e o nosso património”, disse ao NC o presidente da Junta de Freguesia, Gilberto Melfe.
Segundo o autarca, o espaço foi concebido de forma a que possa ser visitável a qualquer hora, sem que seja necessária a presença de qualquer funcionário.
“Tem um corredor em vidro, que faz a ligação de uma porta à outra. Funciona tudo com sensores de movimentos. Ou seja, a partir do momento em que se passa a primeira porta ou a última, com o movimento as luzes acionam e o espaço fica completamente disponível para se poderem visualizar todos os conteúdos”, explicou o autarca do Ferro.
A obra teve um custo de 60 mil euros, comparticipado em 68% pela Associação de Desenvolvimento Rural RUDE e o restante pela Câmara da Covilhã.
A Forja era a antiga oficina do ferreiro Luís Elias, que manteve o aspeto, da cobertura de telhas, paredes com as marcas do tempo, o maciço de pedra onde eram colocados as brasas e o fole, em madeira e couro, a fornalha, a bigorna onde era moldado e ferro, até à pia com água.
Para manter a cobertura em telha, foi construída uma nova, por cima. A oficina foi enquadrada numa moldura de metal e vidro, a partir de onde a antiga zona de trabalho pode ser observada, numa espécie de janela para o passado.