A Câmara da Covilhã aprovou, na reunião do executivo da passada sexta-feira, a isenção de taxas urbanísticas nas freguesias afetadas pelos incêndios de agosto, pelo período de 5 anos. A medida foi proposta pela maioria socialista e aprovada por unanimidade.

Segundo o presidente da autarquia, Vítor Pereira, trata-se de “uma medida justa e adequada para apoiar as populações que tanto sofreram com os fogos e cujas perdas são de monta”.

Em comunicado, a Câmara diz tratar-se de um contributo para ajudar a minorar as perdas, com o Município “a prosseguir a estratégia de apoiar as pessoas de forma concreta.”

Noutra componente, e por decisão articulada entre a autarquia e a empresa Águas da Covilhã (ADC), a água gasta no combate aos fogos também não vai ser cobrada. Segundo a autarquia, será revista a faturação da água nos casos em que os consumos registados estejam associados ao combate às chamas, para que os munícipes “não tenham de custos que não resultem do seu consumo doméstico habitual.” O município diz ainda que sempre que um consumidor verifique na sua fatura valores que possam estar relacionados com os incêndios, “deverá entrar em contacto com a ADC, através dos canais habituais.” “Nestas situações, a cobrança da fatura será automaticamente suspensa e sujeita a análise detalhada pelos serviços da empresa municipal. Após validação, será emitido o respetivo crédito e o valor faturado passará a refletir apenas o consumo normal do agregado, tendo como referência a média do período homólogo” garante a Câmara.

Neste momento, a Câmara tem no terreno equipas de apoio social e psicológico e uma equipa de ajuda ao levantamento de prejuízos e acesso a apoios governamentais que estará em cada uma das freguesias afetadas, com as visitas a começarem esta segunda-feira.