A integração e compreensão do que é diferente, o ecumenismo, o diálogo e a aproximação em vez do afastamento entre culturas são alguns aspectos sobre os quais reflecte a mais recente peça do Teatro das Beiras, “Pequeno Retábulo de García Lorca”, com estreia marcada para esta quinta-feira, 16, e em cena até dia 25, com apresentações entre quinta-feira e sábado, às 22h.
A 106.ª produção da companhia com sede na Covilhã é inspirada na multidisciplinaridade do trabalho de García Lorca e reflecte essas múltiplas abordagens ao incluir várias linguagens artísticas: a poesia, a música, o texto dramático e a cinematografia, com a projecção de imagens no pátio exterior do edifício do Teatro das Beiras.
“Chegou o momento de trazer para o ar livre um dramaturgo que tanto se preocupou em levar o teatro aos sítios mais recônditos da sua Espanha natal e tanto fez pela alfabetização cultural do seu povo, coisa que para nós é sempre um desígnio e uma prioridade”, salienta o encenador, Gil Salgueiro Nave.
Por ser um espectáculo “transversal”, para todos os públicos, com diferentes referências e diversos patamares intelectuais, refere Gil Salgueiro Nave, “Pequeno Retábulo de García Lorca” permite ser acessível ao público urbano e também ao público rural a que se destina, quando andar em digressão, não apenas nas freguesias do concelho como também por vários pontos do país. “Foi um teatro escrito para o povo e testado ao longo de décadas em diversas circunstâncias”, acentua.
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