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Governo pretende aplicar em 2024 nova fórmula de financiamento ao ensino superior

O Governo assumiu o compromisso de criar uma nova fórmula para o financiamento do ensino superior e está a trabalhar para que no Orçamento do Estado de 2024 ela já esteja em vigor, reiterou o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, na sexta-feira, 22, em resposta ao reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), Mário Raposo, que aproveitou a presença do governante na instituição para chamar a atenção para o sub-financiamento da universidade localizada na Covilhã.

Pedro Teixeira manifestou ser “uma preocupação infelizmente transversal ao sistema” não existir um “nível de financiamento” como gostaria. “Há algumas instituições que, pela fórmula de financiamento não ser aplicada há muitos anos, como é público, sofrem mais com isso”, referiu o secretário de estado da tutela.

À semelhança da ministra, Elvira Fortunato, que proferiu as mesmas declarações quando se deslocou à UBI, Pedro Teixeira salientou que o objectivo é “desejavelmente tão cedo quanto possível” criar uma nova fórmula.

“O compromisso do Ministério da Ciência e do Ensino Superior é que nós iremos trabalhar para, na medida do possível, ter a nova fórmula de financiamento no Orçamento de 2024, o que significa começar a discutir com as instituições já a seguir ao Verão”, vincou.

Durante a cerimónia de outorga do doutoramento ´honoris causa` ao pintor e ceramista Manuel Cargaleiro, o reitor lembrou que “o custo médio por aluno é de cerca de 4200 euros” e a verba do Orçamento do Estado para a UBI “não ultrapassa os 3500 euros por aluno”.

“O Orçamento do Estado prejudica claramente a nossa universidade”, enfatizou Mário Raposo, que salientou as “circunstâncias próprias da UBI”, por estar numa zona “com custos de contexto mais elevados”. “Estamos muito longe do financiamento médio por aluno a nível nacional e muito longe de muitas universidades do interior do país que têm mais financiamento do que a UBI”, reforçou o reitor.

Segundo o secretário de Estado, “o financiamento é aplicado de uma forma mais ou menos idêntica a todas as instituições, e as que cresceram mais na última década são as mais afetadas, sendo esse o caso da UBI”, por a fórmula não ter sido actualizada.

A UBI tem actualmente 8629 alunos, 1890 internacionais, de mais de 50 nacionalidades diferentes. Há 760 estudantes inscritos em doutoramento.

 

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