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Grupo de empresários brasileiros quer criar polo de inovação digital em Belmonte

O projeto “Caravela Digital” envolve várias empresas portuguesas e brasileiras, e visa criar uma espécie de “cidade digital” no concelho belmontense

“Caravela Digital”. Assim se chama o polo de inovação digital que um grupo de empresários brasileiros, ligados às novas tecnologias e informática, quer desenvolver em Belmonte, na futura Área de Acolhimento Empresarial a construir na freguesia de Maçaínhas, bem ao lado da A23. O projeto, que conta também com empresas nacionais, foi apresentado na passada sexta-feira, 20, na vila, com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

“Fiquei agradavelmente surpreendida com a seriedade com que estão no processo. Ouviram os nossos pedidos e agora, que haja um plano de ação para se começar a trabalhar” disse Ana Abrunhosa, de um projeto que, na sua totalidade, envolve um investimento de 45 milhões de euros, a 4/5 anos.

Segundo os promotores, o que se pretende é criar “um ecossistema de inovação, no interior do país, que fomente a atração de empresas, ideias, talentos, com o intuito de liderar o desenvolvimento de tecnologias avançadas”, alavancando o crescimento sócio-económico de toda a comunidade e do País. Além disso, pretende-se atrair técnicos qualificados, nomeadamente do Brasil, para trabalharem em Belmonte, ajudando assim a combater o fenómeno da desertificação.

Segundo explicou Adriano Dias, de uma das cinco empresas brasileiras envolvidas no projeto, pretende-se ocupar os 23 lotes da futura Área de Acolhimento Empresarial, a construir em 7,6 hectares de terreno em Maçaínhas, numa espécie de “cidade tecnológica” em que, além da incubação de empresas, funcionarão empresas de informática, tecnologia, software e outras, e em que toda a restante área será ocupada por serviços (farmácia, lojas, etc), um centro de congressos, universidade, escola, creche, espaço desportivo, ciclovia e até um mini-rail. “Belmonte tem uma posição estratégica importante, ficando no meio de cidades como o Porto, Lisboa e Madrid. Maçaínhas, sendo um lugar que sofre com a desertificação, não podia ser o melhor sítio para situar o centro, tendo também em conta a proximidade da A23” frisa.

Dias Rocha, presidente da autarquia, diz ter ficado agradado com o desafio, que surge depois da WIT Software também se ter instalado em Belmonte, trazendo técnicos brasileiros para ali morarem com as famílias (estão neste momento 17 na vila). “Será um polo de desenvolvimento com empresas já com provas dadas e com muitos funcionários no Brasil. Belmonte não é uma ilha e também os concelhos vizinhos poderão beneficiar. O problema é que não temos casas para albergar gente que venha do Brasil. Temos que recuperar algumas e possivelmente construir mais” afirma.

Ana Abrunhosa lembrou que os “apoios e incentivos” para este tipo de projeto “existem”, como por exemplo para construção de habitação a preços acessíveis, disse que a Caravela Digital só fará sentido se forem associadas a UBI, IPCB ou IPG, e que existe assim “um grande desafio para as nossas autarquias”. “O projeto pode ter epicentro em Belmonte, mas pode ser de toda a região” vinca. Aconselhando os envolvidos a “trabalhar já”. “Um projeto destes, a cinco anos, é muito ambicioso, mas pode ser conseguido em sete. No Interior, para recuperar vida, são precisas empresas. Temos que agora ir cortando o “elefante” em fatias, e temos que responder rapidamente aos empresários. Porque se nada acontecer, vão embora” recorda a ministra.

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