Grupos organizados já podem visitar ruínas da Quinta do Ervedal

Ida ao local pode ser feita através do Museu Arqueológico. Abertura total ao público só daqui a uns anos

O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, garantiu na passada quarta-feira, 22, que desde esse dia estão criadas condições para iniciar visitas organizadas de público às ruínas romanas da Quinta do Ervedal, em Castelo Novo, datadas da segunda metade do século I d.C.

Segundo o autarca, essas visitas serão realizadas através do Museu Arqueológico Municipal José Monteiro e os interessados em conhecerem um dos sítios arqueológicos “mais importantes da região”, segundo o autarca, terão apenas que contactar a Câmara para o efeito.

O programa de escavações neste sítio começou em 2007, por iniciativa do município, através do Museu Arqueológico Municipal. Classificado como Sítio de Interesse Público desde 2023, o conjunto da Quinta do Ervedal assume-se como “um ponto de referência monumental na arqueologia da Beira Interior, nos campos científico, identitário, didático e turístico” explica a autarquia. Entre outras estruturas, salientam-se dois edifícios termais, correspondentes a uma ocupação datada da segunda metade do século I d.C. até, pelo menos, aos inícios do século VI d.C.

Paulo Fernandes lembra a proximidade das ruínas à Aldeia Histórica de Castelo Novo e acredita que a visita às mesmas também potenciará uma ida à localidade. “Todo este conjunto vai ser fundamental naquilo que é o essencial, o turismo cultural e de qualidade em que as pessoas permaneçam cada vez mais tempo no nosso território e criem mais valor”, sustenta à Lusa. Já sobre a abertura total ao público do sítio arqueológico, Paulo Fernandes espera que isso seja possível no final do próximo mandato autárquico. “É preciso os equipamentos complementares para o campo de visitação ser aberto a todos. Temos de aproveitar os fundos comunitários [Portugal 2030] para ter aqui recursos pensando que durante este mandato fique resolvido”, afirma. Os trabalhos de investigação e escavação vão prosseguir, na expectativa de trazer novas descobertas sobre este testemunho da presença romana na região.

A quinta do Ervedal implanta-se na base da vertente sul da Serra da Gardunha. A nascente corre a Ribeira de Alpreade. A dispersão dos vestígios abarca sensivelmente uma área de dez hectares.

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