O grande objetivo é divulgar o Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela com impacto “esperado não apenas no PNSE, mas também no território das Beiras e da Serra da Estrela.” A Associação Guardiões da Serra da Estrela, criada em 2017 na sequência dos incêndios que afetaram a Serra, está a levar a cabo uma segunda sessão de assembleias comunitárias (na primeira tinha apresentado medidas de estabilização e emergência) em diversas aldeias dos concelhos da Covilhã, Belmonte, Guarda, Manteigas e Gouveia, de modo a explicar o que está previsto para o futuro do território, mas também para recolher os contributos da comunidade local sobre o futuro da região, “para transmiti-los às entidades responsáveis, que têm o dever e o poder de promover mudanças significativas.”
As ações já se iniciaram no passado fim-de-semana, em Famalicão da Serra e Valhelhas (Guarda), prosseguiram esta semana em Cantar-Galo e Vila do Carvalho (Covilhã), e prolongam-se em Maçaínhas (Belmonte), esta quinta-feira, 19, às 21 horas, Vale de Amoreira (Manteigas), amanhã, Folgosinho (Gouveia), no sábado, e São Paio (Gouveia) no domingo. Até final do mês, os Guardiões da Serra da Estrela promovem novas sessões de esclarecimento em Vale Formoso/Aldeia de Souto, Aldeia Viçosa, Colmeal da Torre, Sameiro, Sarzedo, Videmonte e Mizarela.
Um conjunto de iniciativas promovidas em freguesias que foram afetadas pelo grande incêndio de 2022 na Serra da Estrela. “Temos vindo a trabalhar de forma ativa na promoção da resiliência e sustentabilidade desta região. E reforçamos o compromisso na recuperação ambiental e social, com um foco particular na proteção das comunidades locais, essenciais para a preservação da natureza” frisa a associação, que lembra as “marcas profundas” que o fogo de 2022 deixou na Serra, com efeitos “que perdurarão por décadas.”
“Os Guardiões da Serra da Estrela acreditam que esta é uma oportunidade de investimento na Serra da Estrela que poderá não se repetir tão cedo, sendo essencial a participação ativa da população para assegurar um futuro mais promissor para o território” frisa em comunicado. As ações são promovidas com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Fundo Ambiental e juntas de freguesia locais.