A cooperativa de intervenção social Coolabora atendeu este ano, até ao final de Outubro, 102 novos casos de violência doméstica, em 86 situações mulheres, e continuou a acompanhar 134 vítimas, o que totaliza um apoio a 236 pessoas que procuraram ajuda, 90% do sexo feminino.
Nestes dez meses, foram feitos 421 atendimentos presenciais e 1455 atendimentos telefónicos ou por videochamada, ferramentas que se revelaram importantes em período de pandemia e de confinamento, quando “as vítimas se sentiram mais constrangidas nos pedidos de apoio”.
Segundo Diana Silva, criminóloga do Gabinete de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica da Coolabora, verificou-se desde o início do ano um “aumento exponencial nos últimos três anos” da violência física, assim como um “ligeiro aumento da violência sexual” e também “um aumento exponencial de problemas mentais associados à violência doméstica”.
No total dos atendimentos registados, 1376 são de mulheres e 79 homens. Desse universo, 90% dos casos são mulheres e a maioria das vítimas acompanhadas encontram-se na faixa etária entre os 36 e os 45 anos.
A técnica destacou ainda o aumento de vítimas idosas, que representam 18% das pessoas acompanhadas, um crescimento de 11%, que corresponde a 42 casos.
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