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Há mais segredos para desvendar em Centum Cellas

Tiago, às 8 da manhã, e na companhia de Duarte, já espera pelo transporte da Câmara de Belmonte, na Praça das Artes, que o vai levar até ao Colmeal da Torre. Ali, debaixo de sol, anda satisfeito, com uma enxada na mão, a raspar o solo, de modo a colocar mais a descoberto as ruínas que envolvem a Torre de Centum Cellas. É a primeira vez que participa em escavações arqueológicas naquele local, ao abrigo de um programa de ocupação de tempos livres dinamizado pela autarquia. Semelhante ao que aconteceu na década de 90, que permitiu por a nu toda a envolvente a este monumento nacional. É a primeira vez de Tiago em Centum Cellas (um dos 13 jovens envolvidos), bem como de Pedro Sobral, da empresa Rococó, Lda, responsável pelos trabalhos.

Depois de já ter realizado trabalhos na Quinta da Fórnea no passado, Pedro escava pela primeira vez no Colmeal da Torre onde, acredita, o que está em causa é “um complexo monumental”. A Torre de Centum Cellas, estudada por diversos historiadores, é um dos expoentes máximos da presença romana no País, mas ao certo, não existe uma teoria exacta do que ali foi edificado, sobretudo uma explicação para a imponente torre que está a degradar-se e irá ser, no futuro, consolidada. E, depois de um mês de trabalhos, a que se juntaram agora jovens belmontenses, os segredos parecem adensar-se ainda mais face a novos achados arqueológicos. “Para alguma surpresa nossa, o que temos aqui identificado são estruturas na área norte, fora da Torre, na envolvente, escavadas na rocha, relacionadas com lagares, provavelmente mais de azeite do que de vinho, pela dimensão que parecem ter. Até porque já nos apareceram dois pesos de lagar, um muito partido, outro encastrado” explica Pedro Sobral, que não arrisca uma tese exacta sobre aquele lugar. “Não sou mais inteligente que outros que já por aqui passaram” vinca.

(Reportagem completa na próxima edição impressa do NC

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