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Há Míscaros no Alcaide

O Míscaros – Festival de Cogumelo vai regressar, entre sexta-feira e domingo, à aldeia do Alcaide, no concelho do Fundão, em formato presencial e com reforço das medidas de prevenção contra a covid-19.

“Voltamos com um grande sentido de responsabilidade e queremos um festival seguro. O grande objectivo destas medidas passa por protegermos os nossos habitantes e os visitantes”, explica Fernando Tavares, da Liga de Amigos do Alcaide, entidade que promove o festival em parceria com a Câmara do Fundão, com a Junta de Freguesia do Alcaide e com a Rede de Aldeias de Montanha.

Depois de uma edição em formato ‘online’ e ‘take-way, este é o primeiro certame do género a ser retomado na região em tempo de pandemia, sendo que, para reduzir os riscos, a organização decidiu que a entrada nas tasquinhas e espaços de artesanato será feita mediante apresentação de certificado de vacinação ou de um teste negativo feito até 48 horas antes. A medida está prevista no regulamento do festival e haverá três espaços nas principais entradas da aldeia, onde as pessoas podem apresentar o certificado ou o teste, recebendo depois uma pulseira que lhes dá acesso ao interior dos espaços. Para o exterior a regra não se aplica, mas o apelo é para que todos optem por “comportamentos responsáveis”, tal como aponta o presidente da Junta de Freguesia do Alcaide, Daniel Cruz. Um pedido reiterado pelo presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, que lembra que a ajuda de todos é fundamental para o sucesso do evento e a tranquilidade social.

Caracterizado por uma forte integração das pessoas da aldeia e por primar na decoração, este ano o festival será dedicado ao tema “Alice na aldeia dos cogumelos”, que permitirá cruzar as personagens do conhecido livro “As aventuras de Alice no País das Maravilhas”, com o mundo dos cogumelos. A animação e as iguarias gastronómicas também não vão faltar com o cogumelo a ser rei nas ementas das tasquinhas, onde os visitantes poderão provar pratos como feijoada de míscaros, cogumelos recheados, tábuas de enchidos de cogumelos ou o famoso arroz de míscaros.

O festival manterá ainda a componente social e solidária, sendo que este ano o objectivo é reunir cerca de 20 mil euros em donativos para comprar uma cadeira de rodas que permitirá garantir maior qualidade de movimentos a Ângelo Querido, um jovem da aldeia que sofre de uma doença neurológica degenerativa, progressiva.

Como forma de homenagear o chef Joe Best, que faleceu recentemente e que tinha uma forte ligação ao festival, o espaço onde se vão realizar os ‘live-cooking’s’ passa a denominar-se Arena Joe Best. Este ano vão passar por lá os chef’s Ricardo Besteiro, Tony Martins, Marlei Cardoso, Flávio Silva, Augusto Gemelli, Maria Caldeira de Sousa, Duarte Batista, José Júlio Vintém e André Apolinário.

Do programa fazem ainda parte a animação de rua, passeios micológicos, ‘workshops’ e palestras e o tradicional almoço comunitário de arroz de cogumelos, que se realiza no domingo.

Quanto à adesão, a organização está preparada para cenários com mais e menos visitantes, mas as expectativas são as melhores e a procura hoteleira confirma-o: “Temos os hotéis da cidade esgotados e já tivemos contactos de unidades da Covilhã”, detalha Fernando Tavares. Tal deixa patente a importância do festival em termos económicos, sendo que o município aponta para um impacto de cerca de 600 mil euros, só ao nível do evento.

De acordo com Paulo Fernandes, pela natureza gastronómica do festival, o gasto médio dos visitantes é superior e rondará os 30 euros por pessoa, valor que multiplicado por cerca de 20 mil visitantes (já houve anos de mais) dá cerca de 600 mil euros. Um número que, diz, pode aumentar significativamente, caso se some a componente hoteleira e até o retorno mediático alcançado.

O orçamento do festival é de 60 mil euros, 30 mil euros financiados pela autarquia, sete mil pela Rede das Aldeias de Montanha, três mil pela Junta de Freguesia e o restante resulta da inscrição dos espaços e das receitas da central de vendas.

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