O presidente da Câmara da Covilhã, Hélio Fazendeiro, afirma desconhecer qualquer intenção da GNR em deslocalizar o posto de Busca e Resgate em Montanha (UEPS) do concelho covilhanense para qualquer outro, nomeadamente, Manteigas.
“O município não tem conhecimento da sua deslocação para lado nenhum” disse na passada sexta-feira, 21, o autarca, depois do executivo ter aprovado a rescisão de contrato de comodato do edifício Madressilva, nas Cortes do Meio, que tinha sido celebrado no passado com a Turistrela e GNR. Hélio Fazendeiro recordou que a Câmara “ainda hoje suporta uma renda para instalação da UEPS” num outro local, e que não tem informação de qualquer mudança. “Irei procurar saber os fundamentos da notícia”, disse o autarca, que espera reunir que com a GNR, quer com o Ministério da Administração Interna (MAI). Hélio Fazendeiro recorda que é “do lado de cá da Serra” que existe maior volume turístico, pelo que a presença da força de segurança continua a fazer sentido.
Recorde-se que aquando da sua tomada de posse, o presidente da Câmara de Manteigas, Flávio Massano, anunciou ter um acordo verbal com a GNR para instalar naquele concelho um posto desta unidade especial. O PSD da Covilhã criticou, logo então, essa hipótese, afirmando que a infraestrutura deve, “por todas as razões técnicas, geográficas e logísticas”, ficar sediada na Covilhã. A concretizar-se a ida para Manteigas, o PSD considera ser “uma clara perda para o nosso concelho e um sinal político negativo logo no início do novo mandato do executivo socialista”, que demonstra “incapacidade em defender os interesses da Covilhã junto das instâncias governamentais e das autoridades nacionais.” “A transferência para Manteigas não se justifica nem tecnicamente, nem logisticamente, tratando-se antes de uma decisão política e penalizadora para a Covilhã”, salientavam os social-democratas.
