Sérgio Godinho, que recentemente completou 80 anos, como o NC destacou numa crónica de opinião há três semanas atrás, vai ser distinguido, no próximo dia 8 de outubro, pelas 15 horas, na Faculdade de Ciências da Saúde, pela UBI, com o grau de Doutoramento Honoris Causa.
Uma cerimónia que decorrerá no âmbito da abertura Solene do Ano Académico, em que a instituição pretende reconhecer “o impacto da sua obra musical, complementada com um percurso literário, teatral e cinematográfico de relevo”, explica em comunicado. Anabela Mota Ribeiro vai apadrinhar a outorga do galardão ao músico, que conta com mais de 50 anos de carreira.
Sérgio Godinho, 80 anos, com 20 foi viver para o estrangeiro, tendo passado por países como Suíça, França, Países Baixos, Brasil e Canadá. Ainda no estrangeiro, faz a sua estreia discográfica, em 1971, com o álbum “Os Sobreviventes”, inspirado na resistência ao regime do Estado Novo e que acabou por ser alvo da censura em Portugal. Também o seu segundo disco, “Pré-Histórias”, enfrentou restrições semelhantes. Regressou ao país após o 25 de Abril de 1974, tornando-se um dos protagonistas da explosão cultural registada no período histórico do início e da consolidação do processo democrático. A sua intervenção artística e social manteve-se fiel à promoção do pensamento crítico, intervenção social e promoção da cidadania ativa.
A homenagem que será feita pela UBI resulta de uma proposta da Faculdade de Artes e Letras. O programa inclui o Cortejo Académico, a intervenção da Reitora da UBI, Ana Paula Duarte, a intervenção do presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior, João Nunes e a atribuição do Grau de Doutor Honoris Causa a Sérgio Godinho.