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Imóvel que acolheu gráfica do NC passa a habitação a custos controlados

Edifício, que está devoluto, inicialmente esteve para ser um museu com espólio do jornal, mas passará a ter apartamentos a custos acessíveis

Não tem número na porta, mas pelo seguimento da rua, é o 57. O edifício no qual, durante anos, funcionou uma da parte gráfica do Notícias da Covilhã (uma máquina de impressão a cores, de grandes dimensões), vai ser transformado em habitação de custos controlados, num projeto realizado ao abrigo do protocolo entre a Câmara da Covilhã, Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) e Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

O imóvel está devoluto, tem o telhado caído há já um bom par de anos, mas irá ganhar nova vida, com a apartamentos a custos mais acessíveis, embora não fosse inicialmente esse o intuito da Câmara da Covilhã, que adquiriu o espaço à Diocese da Guarda. “Ideia era transformar o espaço num museu sobre o NC, colocando o arquivo e maquinaria que era património do jornal, mas concluímos que não havia espaço suficiente” explicou no final da última reunião privada do executivo covilhanense o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira.

Recorde-se que em 2022, quando o título NC mudou de mãos (passando da Diocese para a Goldigger), a Câmara deliberou por unanimidade comprar o acervo e arquivo do jornal bem como um dos imóveis onde funcionou parte do semanário, que era propriedade da Diocese da Guarda. A autarquia pagou cerca de 214 mil euros. Vítor Pereira adiantou então que o imóvel fora avaliado em 109 mil euros e o espólio em 105 mil euros, sendo que esta aquisição surgia após um contacto da Diocese da Guarda. “Estão ali mais de 100 anos da história da Covilhã. De um jornal que é nosso, que é do nosso concelho, que é dos mais antigos do país, que tem um grande palmarés, uma história rica e pergaminhos”, justificou o edil. Já o edifício devoluto tinha como intenção inicial a transformação num espaço museológico e de interpretação da história do jornal e da cidade, através da exposição do arquivo, o que já não acontecerá.

“Temos pensados dois espaços alternativos. Uma coisa é ter as coisas empilhadas umas em cima das outras, e outra é estarem à vista de todos” frisa o autarca covilhanense.

Para Vítor Pereira a recuperação deste imóvel em pleno Centro Histórico e dotá-lo à habitação com custos controlados “é importante”.

O autarca frisa que a Câmara, ao abrigo do acordo tripartido com CIM-BSE e IHRU, tem um conjunto de imóveis a recuperar, para essa função, que já existem diversos projetos feitos para avançar com obras que beneficiam de fundos comunitários do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), mas “estamos à espera que nos deem luz verde”. O autarca partilha do receio de outros autarcas, de que a lentidão no IHRU em aprovar projetos possa ser obstáculo à aplicação de verbas, mas confia que “a verba irá chegar”.

“Estamos a aguardar que o Governo nos aprove candidaturas. Aguarda-se financiamento. Alguns, poucos, estão a avançar” diz Vítor Pereira.

A Câmara tem planeada a recuperação de alguns imóveis, mas também “casas construídas de raiz”. Um dos empreendimentos é, por exemplo, na Quinta das Almas, onde surgirão 15 focos habitacionais, num projeto superior a dois milhões de euros.

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