São agora dez os espaços de trabalho partilhado que a Câmara do Fundão tem espalhados pelo concelho, depois da inauguração, no domingo, 8, do ‘cowork’ localizado na Casa do Guarda de Alcongosta, na Serra da Gardunha, com capacidade para receber oito a dez pessoas em simultâneo.

O presidente do município, Paulo Fernandes, referiu que se tratou de um investimento “relativamente baixo”, na ordem dos 15 mil euros, uma vez que a antiga Casa do Guarda de Alcongosta já existia e já tinha sido intervencionada.

As obras de adaptação foram apoiadas em 80% do valor global pelo Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos (Provere) INature.

A utilização da rede de espaços de trabalho partilhado implica o pagamento de 20 euros mensais e a chave digital dá acesso aos dez ‘coworks’ em todo o concelho do Fundão, mas a utilização também pode ser feita à hora.

Paulo Fernandes explicou que o programa “procura promover a rotatividade dos lugares de trabalho” e não se destina apenas a nómadas digitais, ou a trabalhadores na área da inovação e das tecnologias da informação, mas a qualquer pessoa que precise de um local para trabalhar em permanência ou apenas por umas horas ou dias.

Além da perspetiva turística de quem quiser vir conhecer a região ter um espaço para trabalhar, o autarca realçou que estes espaços também permitem “romper um bocadinho com as rotinas”.

“As pessoas podem ter o seu espaço oficinal, a empresa onde trabalham, a instituição onde trabalham, mas por que não, um dia de vez em quando, saírem da sua rotina e poderem trabalhar a partir dos ‘coworks’?”, ilustrou Paulo Fernandes.

A Casa do Guarda de Alcongosta tem oito a dez espaços de trabalho, “consoante as necessidades”, uma ‘kitchenette’, sala de reuniões e os utilizadores podem recorrer à cafetaria do ‘glamping’ localizado ao lado.

“Está num dos sítios mais emblemáticos da região, porque a Casa do Guarda tem o miradouro sobre a Cova da Beira e é um sítio incrível, do ponto de vista turístico também”, acrescentou o presidente.

Atualmente há cerca de 100 ‘coworkers’ em permanência no concelho ou com uma presença regular, esse número tem vindo a aumentar e o município tem acordos não apenas dentro do seu ecossistema, mas com outras cidades, para que quem está associado a outros espaços se possa deslocar ao Fundão e possa utilizar os locais de trabalho nas mesmas condições.

A rede vai continuar a crescer e Paulo Fernandes tem prevista a abertura de mais ‘coworks’, no Alcaide, Janeiro de Cima e outro no Fundão.

“É neste momento mais uma atração e mais uma forma de desenvolver e dinamizar o nosso ecossistema e de criar redes de intercâmbio”, enfatizou o presidente da Câmara do Fundão.