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Incubadora na área do cinema pode ocupar antigo mercado de Belmonte

Associação, que integra jovens formados na UBI, pretende aproveitar último piso da Loja do Cidadão. Proposta poderá passar por comodato de 20 anos. Obras serão da responsabilidade da mesma, que construirá as desejadas casas de banho públicas

A CCC- Associação Cinema, Cultura e Ciência pediu à Câmara de Belmonte a cedência do piso térreo que fica por baixo da Loja do Cidadão (que se encontra parcialmente demolido) para ali criar uma incubadora ligada à área da sétima arte, num contrato de comodato a 20 anos.  A novidade foi dada a conhecer aos deputados municipais na última Assembleia Municipal.

Segundo o vice-presidente da Câmara, Paulo Borralhinho, a associação propõe-se a explorar o espaço e a realizar obras, entre as quais a criação de uma casa de banho pública que assim se destinaria a apoiar as centenas de visitantes que todas as semanas visitam Belmonte.

Da bancada do PSD, o deputado José Carlos Bonifácio pediu que se verificasse bem a origem da associação, com o líder de bancada, António Cardoso Marques, a alertar para a necessidade de se conhecer bem qual o suporte financeiro do projeto.

Paulo Borralhinho garantiu que a Câmara pediu à associação um plano bem delineado e com toda a documentação necessária, de modo a que não seja este mais um projeto parecido à “escola suíça” que chegou a ser anunciada no concelho, mas que nunca viu a luz do dia.

A CCC- Associação Cinema, Cultura e Ciência, segundo o NC conseguiu apurar, está sediada em Belmonte e foi constituída em abril deste ano, não se sabendo mais dados em relação à mesma. No entanto, o NC apurou que a mesma é constituída por alguns jovens formadas na UBI, em diversas áreas, entre as quais uma belmontense. E que a Associação também já tem em mente arrendar ou adquirir um espaço na vila para fazer a sua sede.

Recorde-se que o piso térreo do antigo mercado ainda começou a ser demolido, no último ano de mandato de Amândio Melo, para ali ser feito o “Health Club- Academia Gimno” de Belmonte, que incluía uma espécie de piscina coberta (spa). A obra, com prazo de execução de nove meses, e um custo estimado em 700 mil euros, sem apoio de fundos comunitários, chegou mesmo a ser adjudicada em 2013. Mas ainda nesse ano, António Rocha, que assumiu o primeiro ano do primeiro de três mandatos seguidos à frente da autarquia, abdicou do projeto. E o espaço ficou semi-demolido, sem qualquer utilização.

“Parou porque procurámos ter ali uma solução diferente. Neste momento, não é uma prioridade. Não havia financiamento e não executar a obra está mesmo em cima da mesa” confirmava em novembro de 2013 o autarca belmontense ao NC, o que se veio a verificar.

“É um espaço amplo, que pode servir para muitos fins. Teremos que fazer um arranjo exterior do edifício e por dentro, por exemplo, promover o associativismo. Há muitas coletividades que não têm uma sede” adiantava ainda Dias Rocha.

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