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Início da pandemia foi “de longe” pior fase do Banco Alimentar

Carolina Fernandes

É a pandemia, ainda, a condicionar. O Banco Alimentar contra a Fome da Cova da Beira (BACB) promove até domingo, 5, uma campanha de Natal de Recolha de Alimentos, mas este ano, devido ao contexto pandémico que ainda se vive, a doação de bens alimentares será feita através da compra de vales e/ou online. “No caso da Campanha Vale, as pessoas terão na zona das caixas das superfícies comerciais uns vales que representam produtos e podem pedir a quem está a atender que querem comprar e qual dos produtos pretendem”, explica Paulo Pinheiro, presidente da direcção do BACB. Os alimentos adquiridos por esta via serão, posteriormente, entregues pelo estabelecimento onde os vales foram comprados.

Quanto à Campanha Online, quem quiser doar deverá visitar o site aliementeestaideia.pt onde encontrará seis tipos de produtos. “No fim da Campanha Online vai ser feito o apuramento de quanto é que foi doado ao Banco Alimentar da Cova da Beira e a Federação dos Bancos Alimentares irá enviar-nos os produtos doados”, esclarece o presidente.  Paulo Pinheiro ressalva a ideia de que “os alimentos realmente chegam”. E afirma que “por vezes as pessoas têm uma impressão de que, ao não estarem a entregar o produto fisicamente, os alimentos podem não ser entregues, mas eles chegam. Conseguimos bastantes alimentos por essa via”.

Não fazer recolha na rua “é um grande rombo”

Ao contrário do habitual, o Banco Alimentar da Cova da Beira não realizou a Campanha Saco no fim-de-semana passado uma vez que considerou que ainda não estão reunidas as condições para voltar a fazer a tradicional campanha. “É um grande rombo não fazermos a Campanha Saco”, refere Paulo Pinheiro. Ainda assim, o Presidente revela que as pessoas tentam arranjar alternativas para fazer chegar alimentos ao Banco.

Foram cerca de 200 toneladas de alimentos que o Banco Alimentar já distribuiu na Beira Interior, desde o início da pandemia. Paulo Pinheiro comenta que os pedidos de ajuda desde o início da Covid-19 têm oscilado conforme as fases da situação sanitária. “O início da pandemia foi, de longe, a pior fase que já tivemos. Depois, a economia começou a recuperar, já mais para o final do ano passado, e temos tido muitas pessoas que foram ajudadas que estão a voltar à vida normal”, confidencia.

O presidente destaca três tipos de situações onde o Banco Alimentar ajuda: pessoas idosas ou doentes crónicos que “não vão conseguir voltar a ter, digamos, uma vida na sociedade normal”; as crianças e pessoas que “são apanhadas por situações da vida, nomeadamente desemprego, violência doméstica, ou outras”. Paulo Pinheiro destaca que são estes últimos casos que mais recorrem à ajuda do Banco e que “interessa, num prazo o mais curto possível, que a pessoa deixe de precisar de ajuda”. Acrescenta que os mesmos casos são os que, em altura de recuperação económica, mais facilmente deixam de necessitar de ajuda.

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