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Inteligência artificial: perdição ou salvação?

André Pais

(Cozinheiro)

Nos últimos anos, os avanços na Inteligência Artificial (IA) foram tais que suscitaram na comunidade científica, e na sociedade em geral, preocupações acerca das suas implicações para a Humanidade. Estes receios há muito que fornecem roteiros para alguns dos maiores clássicos e sucessos de bilheteira de Hollywood, filmes que levantam questões éticas ligadas à IA e evidenciam a possibilidade de as máquinas/robôs ultrapassarem a inteligência humana. Entretanto, e tendo em conta o panorama socioeconómico vigente, de entre as ameaças colocadas pela IA, torna-se especialmente premente ressalvar as perdas de postos de trabalho – de acordo com a empresa de software Daily AI, as profissões mais ameaçadas pela IA num horizonte próximo são: empregados de mesa, repositores de supermercado e profissionais de vendas.
Uma plataforma que recorre à IA denominada ChatGPT tem vindo a causar particular alvoroço nos últimos tempos. Uma navegação pelo youtube permite verificar que vários utilizadores ao redor do mundo têm recorrido ao ChatGPT para compor uma música eletrónica, uma sinfonia clássica ou um solo de guitarra elétrica; ou ainda para conceber um plano de investimento em criptomoedas ou escrever um livro que continue a saga da Guerra dos Tronos, à revelia do seu autor. Daqui facilmente se extrapolam as possibilidades palpáveis de plágio, difusão de informação falsa, criação de spam e violação da propriedade intelectual e direitos de autor que esta aplicação de IA suscita, pelo que parece ser cada vez mais plausível que o ChatGPT possa vir a suplantar empregos, especialmente funções relacionadas com escrita criativa, comunicação, jornalismo, programação em código e entrada de dados.
Importa, pois, que as sociedades exijam dos governos mais e melhor legislação que regule a IA por forma a torná-la uma ferramenta ao serviço do bem, do crescimento económico e da melhoria das condições de vida das populações, ao mesmo tempo reduzindo e sancionando o seu uso indevido e malicioso.

 

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