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Inter-reformados apresenta carta reivindicativa aos partidos

A defesa dos sistemas público de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde, a garantia de uma habitação condigna, e uma política integrada para a população reformada e idosa são os pilares do documento aprovado pela Inter-Reformados

A Inter-Reformados de Castelo Branco redigiu uma carta reivindicativa, que vai ser “apresentada às forças políticas democráticas concorrentes às eleições de 10 de março, pelo círculo eleitoral de Castelo Branco”, como explicou Luís Garra, presidente da direção, numa conferência de imprensa que teve lugar na quinta-feira, 15, na sede do Sindicato Têxtil, após o plenário de reformados, onde o documento foi aprovado.

A carta é dividida em cinco tópicos principais, sendo eles: a defesa do sistema público de Segurança Social; a defesa do Serviço Nacional de Saúde, a garantia de uma habitação condigna; a melhoria da mobilidade dos reformados e idosos; e a definição de uma política integrada para a população reformada e idosa.  O objetivo desta ação é, tal como reforçado no texto redigido pela organização, “solicitar um posicionamento dos partidos sobre as propostas e reivindicações e servirem de elemento de esclarecimento, mobilização, intervenção e luta pelo direito dos trabalhadores a envelhecerem com direitos”.

No preâmbulo que abre o documento, a Inter-Reformados refere que “os reformados e as pensões estão já a ser usadas como elemento de propaganda eleitoral”.

Luís Garra faz questão de reforçar: “Se analisarmos os discursos fora do quadro eleitoral sobre os reformados e aquilo que é o comportamento das forças políticas quando não há eleições, vemos o chumbo que fazem às propostas de aumento das pensões e reformas. Votam contra, na Assembleia da República, a todas as propostas que aparecem no sentido de melhorar o rendimento dos reformados”, acusa.

“Na campanha eleitoral, como agora estamos a ver, é reformados para aqui, reformados para além, pensões para cima, pensões para os lados. A gente quando os ouve, fica com uma overdose de tal forma que pensamos que já somos ricos, tal é a fartura”, continua. Segundo o coordenador da organização de reformados, isto acontece porque “os reformados decidem eleições. Juntamente com os trabalhadores por conta de outrem, são a camada da população que decide eleições e, portanto, é um eleitorado apetecível”, vinca.

Com cinco pilares estruturantes e um total de 46 propostas apresentadas, revindicam-se condições específicas no acesso à reforma, sem penalizações aos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho e doença profissional e a antecipação da idade da reforma para os trabalhadores em regimes de trabalho por turnos ou noturno.

Destaca-se, também, a proposta de criação de uma rede pública de lares, “com mensalidades compatíveis com os rendimentos dos reformados, pensionistas e idosos com garantia de qualidade nos serviços prestados”.

A organização pede, ainda, a criação de serviços de geriatria nos centros de saúde e nos hospitais e a criação de planos municipais dirigidos à reabilitação, climatização e à melhoria das habitações dos reformados e idosos que têm baixo rendimento.

As medidas relacionadas com os transportes públicos também não foram esquecidas, uma vez que a organização insiste na criação de uma rede de transportes públicos municipais e intermunicipais gratuitos para os reformados e idosos, entre outras reivindicações que constam no documento.

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