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A uma jornada do fim da fase regular, Sporting da Covilhã garante lugar na fase de subida. Vitória difícil num jogo à antiga, que trouxe boa moldura humana ao Santos Pinto

Estava frio, fim de tarde/início de noite, no Santos Pinto, no passado domingo, mas os covilhanenses disseram “presente” no apoio ao Sporting da Covilhã que, ganhando, estaria apurado para a fase de subida na Liga 3. É certo que a entrada era gratuita para os sócios, mas a significativa moldura humana (quase mil pessoas, embora houvesse bastante gente também vinda de Coimbra) foi incansável no apoio aos leões da serra, que ao baterem o líder da série B, Académica de Coimbra, por 3-2, carimbaram o passaporte para a próxima fase, quando ainda falta disputar uma jornada da fase regular.

Num jogo, da 17ª jornada, a fazer lembrar tempos antigos (Covilhã e Académica já foram emblemas de primeira liga), nem sempre se jogou bem, mas lutou-se muito. Por cada palmo de terreno. Por cada bola perdida. Nos serranos, a principal novidade: o jovem da formação, Zé Simão, a assumir um dos lugares destinados aos três centrais que Alex Costa utiliza, face à lesão de Vasco Coelho e castigo de Adams. E o que se pode dizer é que foi certinho, sem comprometer. Na frente, Zé Tiago à esquerda, a tentar alimentar o irrequieto e combativo Elijah, que limitado numa coxa deu tudo o que tinha enquanto pode. Aos quatro minutos, o Covilhã teve tudo para inaugurar o marcador. Lance bem definido, ao primeiro toque, assistência para Bruno Reis que, descaído na área, sobre a direita, atirou à figura do guardião contrário, Bernardo, que foi muito rápido a reduzir o ângulo ao médio covilhanense (mais uma vez, o melhor em campo, a par de Diogo Ferreira). Aos 17 minutos, balde de água fria no Santos Pinto. Canto na esquerda do ataque da Académica, apontado por Fausto, (mais uma vez as bolas paradas a fazerem mossa na defesa covilhanense), e o lateral esquerdo dos “leões da serra”, Michel, a desviar, num toque infeliz, para a própria baliza.

Os serranos uniram-se, juntaram tropas à procura de repor a igualdade no marcador, mas até à meia-hora, o único lance algo perigoso foi de novo da Briosa, com uma entrada na área em que se ficou a pedir penálti, mas em que o árbitro, João Mendes, da AF Santarém, mandou seguir. O mesmo já não fez dois minutos depois. Lance pela esquerda do ataque covilhanense, com Bruno Reis a furar pela área e a ser tocado em falta. Grande penalidade em que, na transformação, o capitão Gilberto não tremeu e restabeleceu a igualdade. Aos 45+1, um canto caído do céu acabou por dar vantagem aos serranos. Passe cumprido, inofensivo, para a área da Académica, com o central contrário, sem querer, a deixar que a bola lhe batesse na nuca e saísse pela linha de fundo. Canto apontado por Traquina, bola a atravessar a área toda, com a defesa estudantil e o próprio guardião “aos papéis”, e ao segundo poste, oportuno, Diogo Ferreira a empurrar de pé direito para o fundo das redes.

Mais dois penáltis

Na segunda parte, em vantagem, os serranos entraram mais na expectativa. A Académica, sempre determinada em dar a volta ao jogo, embora sem criar grande perigo. Até que, aos 53 minutos, nova grande penalidade foi assinalada. Com justiça, diga-se. Lance da Briosa pela direita, assistência para dentro da área onde Tiago Moreira derruba João Victor. Na transformação do castigo máximo, Fausto a não dar hipóteses a João Gonçalo.

O Covilhã tinha que trabalhar para voltar a ter vantagem (empate adiaria decisão do apuramento para a última jornada), e acabou por ser feliz quatro minutos depois. Lance pela direita, cruzamento de Bruno Reis para a área onde Elijah acaba abalroado por guarda-redes e defensor contrário, com o árbitro a apontar de imediato para a marca dos onze metros. Onde mais uma vez, Gilberto, assumiu e marcou o 3-2.

Até final, num jogo em que os serranos acusaram o desgaste de três jogos numa semana (jogaram na quarta frente ao Amora), a Académica insistiu, pressionou, chegou a meter o guarda-redes na área contrária, mas o Covilhã recolheu-se no seu meio-terreno, e apenas começou a “respirar” melhor quando Alex Costa retirou Bruno Reis (lesionado) e o estoirado Elijah, e meteu Opeyemi, e Chico Cardoso, que foram espreitando algumas saídas rápidas, que levaram a equipa para o último terço academista. No final, três pontos, enorme festa no Santos Pinto, com a equipa a sair do relvado ao som do “We are the Champions”, dos Queen.

No final (ver peça ao lado), o treinador serrano, Alex Costa, enaltecia a bravura dos seus atletas e lembrava a justiça do resultado. Já o técnico forasteiro, Tiago Moutinho, garantia que a Académica, apesar de matematicamente apurada, tudo fizera para ganhar, que iria tentar segurar o primeiro lugar da série na última ronda, e contestou a arbitragem. “Foi um jogo difícil. Para as três equipas. Felizmente, na segunda fase vamos ter VAR. Vai ajudar toda a gente”.

O Covilhã sobe assim à segunda posição, com 30 pontos, a um da Académica, e em igualdade pontual com Atlético. Na próxima jornada, sábado, 27, os serranos deslocam-se ao Campo da Mata para defrontar o Caldas, que ainda acalenta hipóteses de apuramento.

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