Cláudio Massano Serra, sócio nº 951 da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Manteigas, lidera a única lista que se apresenta a sufrágio para as eleições para os órgãos sociais desta associação, que se realizam no próximo dia 23 de setembro, entre as 16 e 18 horas, na sede da instituição.

Está encontrada a solução para fazer face ao impasse diretivo vivido pelos bombeiros de Manteigas, que desde outubro de 2022, ou seja, há quase um ano, vivem em gestão corrente e com uma direção demissionária.

Ao longo dos últimos meses, várias vezes foram marcadas eleições, sem que ninguém se propusesse a “pegar” na associação, e no passado mês de julho, até a tentativa de se criar uma comissão administrativa falhou. Agora, Cláudio Massano Serra lidera a única lista que vai a votos, que tem Nuno Gomes como candidato à assembleia geral e André Carvalho, até então vice-presidente da assembleia, a transitar para a liderança do conselho fiscal.

Na missiva aos sócios, Cláudio Massano Serra diz que a sua maior motivação é “a promoção da estabilidade da associação”. O candidato reconhece que “a principal instituição não pode viver num cenário de incerteza de hipotéticos salários em atraso ou de outras dificuldades sérias”, e afirma-se “consciente” da dificuldade em “reerguer os padrões que esta associação sempre defendeu”, identificando que não existe, hoje, “proximidade com a população em geral”. O caminho a seguir, garante, é para ser “constante”, para que os bombeiros sejam reconhecidos “como uma associação estável, garante do socorro, com meios humanos sempre prontos e disponíveis, com uma casa digna e meios sempre operacionais”. O sócio afirma ainda contar com o apoio da autarquia que, recorde-se, em julho passado não aprovou o pedido de apoio financeiro efetuado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Manteigas para desenvolvimento regular das suas atividades em 2023, por falta de documentação, nomeadamente o plano de atividades e orçamento para este ano.

Na última reunião do executivo, no passado dia 4, o presidente da Câmara, Flávio Massano, questionado pelo vereador do PS, David Leitão, sobre a inexistência de um coordenador municipal de proteção civil, mostrou esperança de que, com as eleições na associação humanitária, tal problema seja ultrapassado. “Só não temos porque não havia uma direção dos bombeiros. Nem comandante. Sempre foi nossa ideia ajudarmos a associação humanitária e teremos tudo a ganhar, nós e a associação, se o coordenador for o comandante dos bombeiros. Houve todo este impasse, mas temos falado com os novos proponentes ao ato eleitoral, e a colaboração que não tem existido, pode voltar. Não faz sentido ter um coordenador e um comandante. Em quase todos os municípios à nossa volta acumulam funções” explicou o autarca.

Um tema que, na missiva aos sócios, Cláudio Massano Serra também aborda, dizendo que “queremos ser parte integrante na solução para um Coordenador Operacional Municipal, para um sistema de proteção civil integrado e de sinergias de recursos e equipamentos”.

(Artigo completa na edição papel/PDF do NC)