Está marcada, para esta quinta-feira, 14, uma Greve Geral de Jornalistas, por “condições de trabalho dignas”, refere a convocatória do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
Há 40 anos que os jornalistas em Portugal não fazem uma Greve Geral e os profissionais consideram ter ficado “calados demasiado tempo”.
“A insegurança no emprego e os salários baixos praticados no setor são um grave obstáculo ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista. São entraves ao próprio direito dos cidadãos de serem informados livremente”, salienta o SJ, em comunicado.
A estrutura sindical acrescenta que “um jornalista que não consegue pagar as contas ou ter um mínimo de estabilidade no emprego é um jornalista condicionado no exercício do seu trabalho”.
“O fluxo constante de notícias nas televisões, nos jornais, na rádio e na Internet é há anos sustentado por práticas laborais que atropelam os direitos dos jornalistas”, vinca o SJ.
Entre as reivindicações constam aumentos salariais em 2024 superiores à inflação acumulada desde 2022 e a melhoria substancial da remuneração dos ‘freelancers’, a remuneração por horas extraordinárias, trabalho noturno, e em fins de semana e feriados e o fim da precariedade generalizada no sector, pelo recurso abusivo a recibos verdes e contratos a termo.
O cumprimento escrupuloso do Contrato Coletivo de Trabalho da imprensa e a generalização da contratação coletiva para o setor audiovisual e da rádio, assim como a intervenção do Estado na garantia da sustentabilidade financeira do jornalismo e a revisão das estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo, garantindo a sua atualização e capacidade para salvaguardar a qualidade da informação também fazem parte do caderno reivindicativo.
Para quinta-feira estão marcadas concentrações em Coimbra, no Porto, em Lisboa, em Faro e em Ponta Delgada.