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Junta promete lutar pela caixa multibanco na estação

Desde 8 de dezembro que a zona do Bairro da Estação não tem caixa multibanco. Abaixo-assinado, com mais de mil signatários, foi entregue à União de Freguesias

Foi entregue na passada quarta-feira, 3, na União de Freguesias Covilhã e Canhoso, o abaixo-assinado organizado por um grupo de moradores do Bairro da Estação, que reivindica a reposição da caixa multibanco naquela zona da cidade.

Foram recolhidas 1049 assinaturas em duas semanas o que, Miguel Fiadeiro, primeiro proponente do documento e eleito da CDU na Assembleia de Freguesia da Covilhã e Canhoso, considera ser a “enorme” demonstração da vontade da população nesta reivindicação, e em fazer valer “um grande interesse” comum.

Carlos Marques, comerciante no Centro Comercial da Estação (CCE) e morador no bairro, diz ser “terrível” a falta de uma caixa multibanco na zona. “Temos aqui montes de pessoas idosas que se revoltam, que reclamam no nosso estabelecimento pelo facto de se terem de deslocar tanto”, revela, acrescentando que, numa área entre os Penedos Altos e a rotunda da Caixa Geral de Depósitos (CGD), junto à Central de Camionagem, não existe nenhum terminal multibanco. “Enquanto comerciantes, prejudica-nos. A gente precisa que haja dinheiro para as pessoas fazerem as suas compras. Muitos relatam-nos que, às vezes, se deslocam à CGD e já não há dinheiro”, afirma.

O presidente da União de Freguesias Covilhã e Canhoso (UFCC), Carlos Martins, em declarações ao NC, assegura que foram realizadas conversações com a SIBS, empresa que gere a rede de multibancos, a fim de se instalar um terminal no CCE, mas que a proposta não foi aceite pelo condomínio do centro comercial. “Era uma proposta sem custos de instalação. Não tendo sido aceite, a Junta de Freguesia não lavou as mãos. Tentamos encontrar outras soluções”, explica.

Carlos Martins sublinha que “desde o início” foram feitas diligências junto de entidades bancárias para a “possibilidade de haver um multibanco na zona da estação, fosse onde fosse o local”, sendo que “a prioridade era um terminal”. E o autarca promete que não vai “baixar os braços”.

Segundo Carlos Marques, a proposta da instalação do terminal no CCE não foi aceite devido às “cláusulas irrevogáveis” do contrato. O comerciante explica que havia duas propostas por parte da SIBS: instalar o terminal numa loja com montra virada para a rua e que desse acesso aos funcionários da SIBS, “mas nenhum lojista estava interessado em abdicar do negócio”; ou a instalação na porta de entrada do shopping, “mas ocupava um metro cúbico para dentro do centro e os lojistas do lado esquerdo sentiram-se prejudicados. Quem entrava não ia ver logo o corredor da esquerda”.   Além disso, de acordo com o lojista, se o contrato não fosse renovado ao fim de cinco anos, “nós é que teríamos de levar o multibanco a Lisboa e as obras eram por nossa conta”.

Miguel Fiadeiro afirma que “os comerciantes têm obviamente os seus interesses” e que a questão do multibanco “não os serve apenas a eles, apesar de serem também aqueles que realmente sentem mais as dificuldades da inexistência do mesmo”.

“Às vezes não é a questão de ter ou não ter, é em que contexto esse multibanco é instalado naquela zona. Obviamente tem custos e não podem ser suportados pelos comerciantes, daí eles terem recusado” considera.

Ao NC, Carlos Martins revela que está em cima da mesa outra reunião com a SIBS durante este mês e que espera ser o “mais breve possível”. “Temos uma ideia que pode, ou não, interessar a ambas as partes, mas em primeiro lugar para servir a população”, diz.

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