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La Vuelta e João Almeida passam na Covilhã dia 19

Uma das três maiores provas de ciclismo do mundo é transmitida para 190 países

No dia 19 a Volta a Espanha em bicicleta passa no distrito, na terceira etapa em Portugal, que liga a Lousã a Castelo Branco. O pelotão de 176 ciclistas, em que João Almeida é um dos protagonistas, entra no concelho da Covilhã em Unhais da Serra, cerca das 14:20, segue pelo Tortosendo, Fundão (15:10 hora prevista), Alpedrinha, Alcains e corta a meta na capital de distrito, que aguarda milhares de adeptos portugueses e estrangeiros.

São 22 equipas com oito corredores cada, uma caravana de aproximadamente 3500 pessoas, que, segundo o diretor-geral da prova, Javier Guillen, gastam diariamente nas zonas por onde passam 500 mil euros.

De acordo com a organização, a Unipublic, La Vuelta é transmitida para 190 países e vista por 500 milhões de telespetadores.

Esta é a segunda vez que a Vuelta começa em Portugal, depois de em 1997 ter saído de Lisboa para promover a Expo98, e é a quinta vez que arranca de fora de Espanha. Os responsáveis sublinharam que eram sete os países interessados em terem a partida da competição e o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, manifestou o desejo de em 2025 a prova regressar a terras lusas.

A 79.ª Volta a Espanha arranca em 17 de agosto, com um contrarrelógio de 12 quilómetros entre Lisboa e Oeiras. A segunda etapa ligará Cascais a Ourém, no total de 191 quilómetros, com a última tirada em solo nacional, a terceira, a percorrer 182 entre Lousã e Castelo Branco.

Durante a apresentação, em Castelo Branco, dia 30, de duas das três etapas que percorrem 17 municípios de baixa densidade, de um total de 21 concelhos e quatro distritos, Pedro Machado acentuou os “números avassaladores” da Volta a Espanha e a forma como vai permitir mostrar “um país inteiro”, não apenas a capital, contribuir para a “estratégia de desenvolvimento turístico do país”, para que seja “mais equilibrado” e a prova contribua para a “vantagem competitiva” de Portugal no setor, que ambiciona seja reforçado como um negócio “sustentado e sustentável”.

O presidente da autarquia albicastrense, Leopoldo Rodrigues, considerou que as tiradas na região, e em particular no distrito, são “uma grande pedalada para a promoção do território”.

Os municípios da região Centro que recebem a saída e a chegada das etapas em Portugal têm o parque hoteleiro lotado e acreditam que a presença da Vuelta se vai repercutir nos efeitos imediatos, mas que vai ser também uma mostra do que as localidades têm para mostrar ao mundo e, em particular, a Espanha, o principal mercado turístico externo.

“Não é fácil conseguir fazer esta promoção se não fosse através de uma prova desta envergadura”, realçou na cerimónia o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, que admitiu ter tido de pensar quando foi lançado o desafio, porque “os valores envolvidos não são assim tão pequenos”.

“Vai ser um belíssimo momento para projetar o nosso território”, destacou Leopoldo Rodrigues.

Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, mencionou a capacidade de a Vuelta “alavancar a coesão territorial” e espera que seja “protagonista de geração de riqueza”.

Raul Almeida, do Turismo do Centro, enalteceu o papel do evento na “dinâmica que traz aos concelhos” por onde passa e a visibilidade em todo o mundo, mas nomeadamente em Espanha, “um mercado importantíssimo”.

O diretor-geral da prova prometeu mostrar “a diversidade do país” e, além de ser um dínamo na economia, referiu ser uma plataforma de comunicação que “conta histórias” das localidades por onde a Vuelta passa até dia 8, em Madrid.

Os valores envolvidos na operação por parte dos municípios não foram divulgados.

 

 

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