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Largo “perdeu o nome” nas Portas do Sol

Largo tinha a designação de Doutor Valério de Moraes, mas mural do Wool tapou toponímia. Que segundo a autarquia será resposta “num conjunto de placas” que está planeado

“Isto já foi há quase dois anos e não fizeram nada”. O lamento é de Gonçalo Morais, descendente de Valério Nunes de Moraes, que deu nome, durante muitos anos, a um largo situado nas Portas do Sol. Uma toponímia que, durante uma das edições do Wool, desapareceu do local, algo que Gonçalo lamenta.

“Era o reconhecimento à obra feita pelo meu trisavô, um covilhanense que fez pela cidade” lembra Gonçalo, que tentou, junto da Câmara, saber o que aconteceu, e quando seria reposta a toponímia.

Valério Nunes de Morais nasceu na Covilhã em 1840 e faleceu em 1901. Foi advogado, jornalista e terá tido grande preponderância na vida administrativa da cidade, depois de ter feito carreira forense na Guarda, onde chegou a Procurador à junta geral do distrito da Guarda. Segundo os registos do arquivo do NC, a 16 de outubro de 1870 tomou posse do lugar de administrador do Concelho da Covilhã, cargo que desempenhou “com energia e vigor, tornando-se notável a sua gerência pelas medidas que rapidamente teve de tomar a respeito da higiene da Covilhã, que em 20 de outubro tinha sido elevada a Cidade e onde graçava um terrível surto epidémico de tifo.  Foi também Valério Nunes de Morais que em fevereiro de 1886 iniciou o movimento que deu lugar à aproximação da Covilhã à linha do caminho-de-ferro da Beira-Baixa, contribuindo também para a chegada à Covilhã da tão desejada linha férrea.

Segundo o NC, foi também diretor do jornal “Correio da Covilhã” e um dos promotores da Serra da Estrela como estância de cura de doenças como a tuberculose, através do Sanatório. Segundo o NC de 19 de janeiro de 1979, na altura foi decidido dar o seu nome a este largo nas Portas do Sol, antes conhecido como Terreiro das Maias ou Terreiro do Feijão.

Ao NC, a vereadora com a pasta da cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, garante que “logo que fui alertada para o facto em causa” solicitou a reposição da referida placa no largo. Tendo sido informada de que “seria incluída num conjunto de placas de toponímia já planeado.”

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