Procurar
Close this search box.

Leões da Floresta: 70 anos entre passado e futuro

Coletividade comemora 70 anos de existência, com um calendário de atividades que prometem dinamizar a associação durante todo o ano. O regresso às marchas populares e a aposta na corrida de São Silvestre são as principais bandeiras

“Uma coletividade vive dos sócios e nada melhor do que lhes dar algo para que se sintam em casa e para que possam usufruir de alguma coisa com os Leões”. Quem o diz é Hugo Garcia, atual presidente da direção dos Leões da Floresta, que apresentou na passada sexta-feira, 2, na sede da coletividade, o plano de atividades para este ano.

Sendo um número redondo, Hugo considera que “é uma data que se deve assinalar”. Para isso, a direção da associação planeou um cartaz que tem atividades a decorrer todo os meses na casa dos Leões.  Lançou, também, o cartão de sócio “Viva +”, que oferece descontos e benefícios em múltiplas empresas do concelho aos associados. Entre as vantagens de ser sócio dos Leões da Floresta, surgem descontos em ginásios, escolas de condução, restauração e alojamento, agências de viagens, barbearias, oficinas, oculistas, entre outros.

“Fazer a ponte entre o passado e o presente” é uma das prioridades de Hugo Garcia. “O associado é muito importante aqui. Dou muita importância aos sócios antigos. Temos aqui pessoas que eu chamo os ‘catedráticos’ que fazem um papel muito importante que eu não consigo fazer, que é conversar com gente mais jovem e contar histórias que eu não vivi, mas que eles viveram aqui enquanto jovens”, explica.

Atualmente, o dirigente afirma que o que podem fazer é “criar raízes dentro da direção e da coletividade”, ao criar algo que fique para o futuro. “Novos eventos sim, mas tentar não perder aqueles que fazem dos Leões um membro ativo da sociedade e do concelho”, como são as marchas e a corrida de São Silvestre.  “Hoje em dia, com a universidade, nós procuramos cativar novas pessoas, mas uma coletividade – como diz o próprio nome – é uma coligação de pessoas. Essa é uma das batalhas que estou agora a começar, que é: voltar a ter os associados cá. Como é que os trago? Trazendo o que era a história da coletividade: as marchas e a São Silvestre”, afirma Hugo Garcia, que salienta que o regresso ao desfile é “extremamente importante”.

“Se não tivermos esses eventos, os associados não vêm. Eu tenho de arranjar eventos que os tragam cá, que lhes deem emoções e vontade de voltarem e estarem aqui constantemente”, diz.

Para a legalização da sede, há uma obra em falta, relativa à escadaria de incêndio. O dirigente mostra-se esperançoso de que a construção possa começar ainda este ano. “A legalização da sede passa por um carecer de, pelo menos, uma obra, que é a escadaria de incêndio. O passo que tinha de ser dado pela Câmara Municipal já foi dado, tive boas notícias relativamente a isso. Acredito que este ano se inicie a obra. A esperança que tenho da Câmara é que é para começar este ano, só falta é alinhavar o dia em que a empresa a quem a obra foi adjudicada a inicie”, adianta.

Garcia confessa que as maiores dificuldades que os Leões da Floresta sentem são em termos monetários. “Temos bastantes dificuldades, mas acho que essa não é só a nossa coletividade, são várias. A Câmara criou este programa do associativismo em que concorremos a apoios com os nossos eventos e daí a importância de termos de nos manter ativos”, esclarece, afirmando que, se a coletividade só vivesse de quotas, “ao fim de três meses tinha de fechar portas”.

José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do associativismo, esteve presente na apresentação e parabenizou a coletividade. “São 70 anos de vida e esta ambição que a direção tem e demonstra, ao não trazer apenas um evento de aniversário, mas um conjunto de eventos e uma programação para festejar estes 70 anos, mostra claramente a capacidade organizativa que têm demonstrado nos últimos anos”, afirma.

Para o futuro, o presidente confessa que o projeto principal que tem em mente passa por “criar uma parceria para a corrida de São Silvestre”, com uma empresa nacional ou internacional e que alicie os órgãos sociais nacionais a passarem “pelo menos um pouco do que é a cultura do interior”. “Temos de ter a consciência de que isso passa pela existência de prémios monetários, de forma a que seja aliciante vir correr à Covilhã”, remata.

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2024 Notícias da Covilhã