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Lítio? Não, obrigado

A Câmara da Covilhã vai opor-se à eventual exploração de lítio em duas novas áreas identificadas no concelho, com potencial para isso: Ferro e Peraboa. A garantia foi deixada na passada sexta-feira, 4, no final da reunião privada do executivo pelo vereador José Armando Serra dos Reis, que presidiu à mesma, na ausência do presidente Vítor Pereira.

“O município tem tido posição de acompanhamento e defesa da Serra da Argemela, onde somos contra a exploração de lítio. Mais recentemente, tivemos conhecimento de nova prospecção de lítio em áreas do Ferro e Peraboa. Não o podemos permitir, pois é onde temos os solos mais férteis e com maior produção agrícola. Além disso, é a qualidade ambiental e da água que está em causa” frisa Serra dos Reis.

A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) em oito áreas com potencial de existência de lítio concluiu pela exclusão de Arga e Segura, e viabilizou a pesquisa e prospeção daquele mineral em seis zonas, propondo nessas “uma redução de área inicial para metade”, divulgou o Ministério do Ambiente e Acção Climática. A AAE viabilizou as áreas denominadas “SEIXOSO-VIEIROS”, que abrange os concelhos de Fafe, Celorico de Basto, Guimarães, Felgueiras, Amarante e Mondim de Basto, “MASSUEIME”, que atinge os municípios de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Trancoso e Meda, “GUARDA-MANGUALDE C (Blocos N e S)”, que inclui Belmonte, Covilhã, Fundão e Guarda, “GUARDA-MANGUALDE E”, que abrange Almeida, Belmonte, Guarda e Sabugal, “GUARDA-MANGUALDE W”, que inclui Mangualde, Gouveia, Seia, Penalva do Castelo, Fornos de Algodres e Celorico da Beira, bem como “GUARDA-MANGUALDE NW”, área que inclui os municípios de Viseu, Satão, Penalva do Castelo, Mangualde, Seia e Nelas.

No concelho da Covilhã, é numa área que a autarquia ainda não quantificou, nas freguesias de Ferro e Peraboa, que se quer fazer a pesquisa e prospecção deste mineral. O assunto foi debatido na última reunião do executivo, com Serra dos Reis a vincar que nesta problemática, a posição dos municípios é que deve prevalecer. “Os municípios devem pronunciar-se sobre tudo o que acontece nos seus territórios. No que diz respeito ao lítio, e exploração do subsolo, os pareces têm que ser vinculativos. A nossa luta será persistente e continuada, em defesa da qualidade de vida, da qualidade ambiental. Não há interesses económicos que se sobreponham a isso” garante o vereador covilhanense.

(Notícia completa na edição papel desta semana)

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