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Mais alto galardão para instituição “que mais tem feito pelo concelho”

O “mais alto galardão”, a Chave da Cidade, foi entregue à Universidade da Beira Interior (UBI) pelos 50 anos de ensino superior na Covilhã. Nove outras distinções também foram feitas no dia em que se assinalou os 153 anos da elevação a cidade

A distinção de nove personalidades e uma instituição, foram as homenagens feitas pela autarquia no dia em que a Covilhã comemorou 153 anos da sua elevação a cidade, 20 de outubro.

“O mais alto galardão” do município, nas palavras do presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, foi para a Universidade da Beira Interior (UBI), que recebeu na passada sexta-feira, 20, a Chave da Cidade na pessoa do reitor Mário Raposo.

“É uma honra e prazer falar de uma instituição que mais tem feito pelo nosso concelho. A UBI é um polo agregador de conhecimento e desenvolvimento da Covilhã e de toda a região”, afirmou Vítor Pereira.

Durante o seu discurso de agradecimento, Mário Raposo salientou que “esta distinção máxima tem como finalidade reconhecer a UBI como uma instituição de ensino superior que, ao longo da sua existência, soube sulcar difíceis caminhos, soube encetar a via do crescimento sustentado, soube afirmar-se a nível nacional e internacional e soube contribuir sobremaneira para a transformação da cidade da Covilhã e territórios envolventes”.

Arnaldo Saraiva, académico natural de Casegas e que, segundo Vítor Pereira “a sua obra e o seu estudo já o levaram a vários continentes e mesmo assim não esquece as suas raízes”, foi agraciado com a medalha de ouro do município à qual o edil destacou o currículo do homenageado referindo-se a ele como “um marco de excelência no mundo académico”.

“Sou da minha terra, mas também sou um homem do mundo. Mas aprendi que não se pode ser um homem do planeta, se não se é um homem da terra”, considerou o investigador. “O local é tão importante como o global e se a gente perde a noção da comunidade de onde vem e se não faz nada por ela e para que ela melhore, estamos perdidos ou não somos dignos dela desde logo”, concluiu.

Na categoria da prata, as medalhas foram entregues a oito personalidades. Um dos distinguidos foi António Dias, fundador da Padaria Dias. As palavras de agradecimento foram ditas pelo filho, José Dias, que destacou a “homenagem mais que merecida” ao seu pai “que chegou à cidade com a roupa que tinha no corpo, mas com uma educação de ferro e com muita vontade de vencer”. “O meu pai sempre conseguiu alcançar os objetivos como fruto de muito trabalho e muita paixão”, frisou.

Os empresários Catarina e Rui Gomes, da empresa J. Gomes, também receberam a medalha de prata do município. “Queria muito que acreditassem que se fazem coisas fantásticas na Covilhã, apenas sabemos vendê-las mal. Não é por estarmos no interior que não temos as mesmas capacidades que o litoral e a J. Gomes é prova disso”, sublinhou Catarina Gomes. Rui Gomes agradeceu a homenagem referindo ser “um orgulho” ser reconhecido pelo seu trabalho

O anterior comandante dos Bombeiros da Covilhã, Fernando Lucas, foi igualmente homenageado com a medalha de prata. O ex-comandante agradeceu o reconhecimento a “uma vida dedicada a um trabalho que não é trabalho, mas um gosto, afeição, luta e concretização. Obrigada pelo sentimento de dever cumprido. Só por isto ganhei o direito de continuar a servir”.

No discurso de agradecimento, Jaime Alberto, proprietário da empresa homónima de distribuição alimentar, agradece aos funcionários pela distinção com a medalha de prata. “Este reconhecimento só é possível graças aos 240 trabalhadores cujo a empresa tem. Qualquer empresário só conseguirá o que quer que seja se envolver massa humana. Os funcionários da nossa empresa vivem a empresa com o entusiasmo que eu vivo”, destacou.

O médico Jerónimo Leitão dedicou o reconhecimento com a categoria prata às duas equipas com quem trabalhou. “Sem elas, não teria conseguido organizar a minha consulta e chegar aos objetivos a que me propus. Parte desta medalha também é vossa”, vincou. “Hoje posso dizer, por aquilo que me reconhecem [os utentes], que não sou médico de família, mas membro de família”, rematou.

Júlio Repolho, antigo empresário e ex-autarca da extinta freguesia de S. Pedro, foi também agraciado com a medalha de prata. Nas palavras de João Paulo Repolho, filho do homenageado, Júlio Repolho “como homem ligado à politica, ao setor empresarial e ligado ao mundo associativo, foi sempre um homem que trabalhou na sombra e isso é uma coisa difícil. As vezes é com este tipo de homens que as coisas avançam”, afirmou.

A título póstumo, a medalha de prata foi entregue igualmente a Luiz Dias, antigo advogado, falecido há 32 anos. Foi o filho, Henrique Dias a receber a distinção. “Sou muito avesso a ditados populares, mas neste caso cumpre-me afirmar que ‘mais vale tarde do que nunca’. O meu pai era um covilhanense dos quatro costados. Amante da sua terra, embora residente em Lisboa, nunca perdeu um contacto próximo com a sua terra natal”, ressalvou.

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