Há 326 crianças sem vaga na creche no concelho da Covilhã. A informação foi adiantada por Ricardo Silva, vereador da oposição, segundo o qual a situação “está a alastrar ao primeiro ciclo” e há um conjunto de decisões que “antecipadamente já deviam ter sido resolvidas”.
O eleito da coligação CDS/PSD/IL defendeu que é altura de pensar no que fazer em relação à remodelação de espaços e à construção de novas infraestruturas, para fazer face às necessidades. “Sei que alguns já estão agendados, mas é de facto uma preocupação que temos”, acentuou.
“No pré-escolar e primeiro ciclo a situação começa a ser preocupante”, avisou Ricardo Silva, também diretor do Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve.
A vereadora com o pelouro da Educação, Regina Gouveia, disse estar atenta ao problema e, embora tenha ressalvado que não tem de ser o município a entidade responsável pela oferta, a autarquia deve “pensar e antecipar infraestruturas que se prendem com estas respostas”.
Segundo a vereadora com o pelouro, “não há vagas na cidade no primeiro ciclo na cidade, exceto duas vagas para o quarto ano na escola sede do Agrupamento Pêro da Covilhã, e no ensino pré-escolar, não há qualquer vaga na cidade”.
Regina Gouveia considerou que se deve “refletir e ter consciência que é preciso projetar um futuro muito breve”, defendendo que os dois projetos para creches nos parques industriais, suspensos no verão, devem ser recuperados.
“É óbvio que temos de pensar neste assunto em conformidade com o que é o parque escolar, a procura e o que deverá ser o enquadramento desta relação”, afirmou a vereadora.
Regina Gouveia explicou que o quadro demográfico na Covilhã se tem modificado recentemente e que esse cenário ainda não está vertido nos Censos nem em estatísticas que reflitam a realidade atual.
“Efetivamente, estamos confrontados com alterações quantitativas e qualitativas na população escolar, que tem obviamente que ver com população geral”, acrescentou.