A Câmara de Manteigas pode, no futuro, avançar para a criação de um pavilhão multiusos para acolher alguns dos principais eventos que vai promovendo ao longo do ano. A hipótese foi admitida, na última reunião do executivo, pelo presidente da autarquia, Flávio Massano.
A vereadora do PS, Ângela Muxana, apelou à criação de “uma infraestrutura para eventos”, como por exemplo o último mercadinho de outono, inserido no cartaz de visitação das faias, tendo em conta a limitação de lotação que o local onde é realizado, o pavilhão gimnodesportivo municipal, tem. Muxana lembrou que o recinto está projetado é para eventos desportivos e encerra algumas limitações, como a acústica, ou o número reduzido de casas de banho.
Flávio Massano, que não se mostrava favorável à criação de um multiusos, elogiou a coerência da bancada socialista, que tem sempre lutado por esta proposta. E admitiu rever a sua posição face ao elevado número de forasteiros que chegam ao concelho para realizações como as faias, e o mercadinho de outono, ou no Carnaval, quando Manteigas realiza a Expo-Estrela- mostra de atividades económicas. “Nunca vi tanta gente cá como no passado fim-de-semana. E a quantidade de pessoas que havia para almoçar. Nem noutras alturas, como quando há neve. Havia milhares de pessoas nas ruas e até sei de um restaurante que recusou servir cerca de 400 almoços” disse. O autarca disse que é preciso ter a noção de que “nem sempre é assim” e justificou a sua recusa inicial na criação de um multiusos face ao que eram os eventos promovidos pela autarquia. “A quantidade de pessoas que vinham não justificava. Mas demos uma lufada de ar fresco em alguns eventos, que foram repensados, que mudámos e hoje percebe-se que o pavilhão municipal já não dá resposta” frisa.
“Não digo que sou a favor do multiusos, mas temos de pensar nele. Pensar num espaço onde o possamos fazer. Temos que pensar em terrenos, pois em Manteigas não há muitos sítios para uma estrutura dessas” aponta Flávio Massano, que diz que o imóvel, face à falta de espaço, possivelmente terá que ter estacionamento subterrâneo, mas garantindo que não é assunto para resolver já. “Não o vamos pensar nos dez meses de mandato que faltam” assegura.