Marchas lembram como era a vida no bairro

Iniciativa, este ano, reduz-se a dois dias, em Belmonte, e conta com de novo com duas marchas convidadas

Depois de, no ano passado, terem homenageado as costureiras e alfaiates que existiam na vila, este ano o objetivo é o de lembrar como era a vida, antigamente, nos bairros mais míticos de Belmonte, exaltando as amizades e relações de vizinhança que se estabeleciam. As Marchas voltam, nos próximos dias 14 e 15 de junho, às ruas, de novo sob organização da Associação Belmonte em Movimento (ABM), que recuperou este cartaz há quatro anos, após um interregno de 12.

“Este ano vamos falar da vida nos bairros. Fizemos a apresentação aqui, porque era um largo de pessoas inspiradoras e que cultivavam uma vida muito típica” frisou o presidente da ABM, João Santos, na apresentação do evento, na quarta-feira, 21, no largo José Afonso, mas que durante décadas se chamou largo de São Pedro.

Mais uma vez, trazer alegria às ruas da vila é um dos desejos, já que os responsáveis acreditam que a população gosta das marchas face à mobilização que se tem sentido nos últimos anos. No ano anterior, a aposta foi de três dias, este ano passa para dois. Assim, a 14, uma sexta-feira, à noite, haverá um tradicional bailarico (em articulação com a UD Belmonte) no antigo largo de São Pedro, um dos mais centrais e conhecidos de Belmonte, com o DJ Maximus, e a 15, um domingo, o tradicional desfile pela rua Pedro Álvares Cabral, entre a escola sede do Agrupamento e a Praça das Artes, junto ao antigo campo de futebol. Onde decorre o desfile final das marchas e, posteriormente, uma festa animada pelos Irmãos Coragem.

Tal como no ano passado, serão sete os conjuntos a desfilar. A marcha da “casa”, Belmonte, que repete os 44 participantes, porque “não conseguimos aceitar mais gente, pois até temos lista de espera”, garante João Santos. E uma marcha infantil, também de Belmonte, com 37 miúdos, tal como em 2024. Também se repetem três marchas de três instituições de solidariedade social, a Santa Casa da Misericórdia de Belmonte, Centro de Assistência Paroquial de Caria e Centro Social Paroquial do Imaculado Coração de Maria, em Colmeal da Torre, de modo a que “todos, dos mais novos aos mais velhos, possam participar”. E duas marchas convidadas. Se no ano passado vieram da zona de Lisboa, este ano uma vem da Lourinhã (Marcha de Miragaia e Marteleira) e outra de Alcabideche. João Santos acredita que este é já “um dos maiores eventos do concelho”.

As roupas são de novo produzidas por costureiras locais, voluntárias, e a música estará de novo a cargo da Banda Filarmónica de Belmonte, que permite arranjo e letra própria. Quanto aos padrinhos, o presidente da União de Freguesias, Hugo Adolfo, repete a presença, e a cantora Wanda Stuart sucede a Joana Machado Madeira.

O presidente de junta realça o “grande envolvimento de pessoas” que esta iniciativa provoca e aplaude o tema escolhido, “que vai às nossas origens e identidade”.

Quanto ao presidente da Câmara, António Dias Rocha, garante que em Belmonte as marchas “já começam a ser uma tradição”, o que traz “cada vez mais responsabilidade” a quem organiza. “É uma aposta interessante, que traz cada vez mais gente e que continua a promover o nosso concelho lá fora” garante.

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