Tiago é jovem, é cigano e é do Tortosendo. E desde o início do ano que, no seio da sua comunidade, quer na freguesia, quer noutros locais do concelho, tem uma nova função: mediar relações entre ciganos e a comunidade em geral, de modo a potenciar a diversidade, diálogo intercultural e integração social.
Tiago é um dos três mediadores do projecto “Tecer a DiverCidade”, promovido pela Câmara da Covilhã, em parceria com a Beira Serra e Coolabora. O mesmo, que se iniciou em Dezembro de 2021, está agora, em 2022, a ser implementado no terreno, onde decorrerá até final do ano, de modo a aproximar comunidades como as ciganas, ou migrantes de diversas nacionalidades, do meio em que vivem. O objectivo geral é criar pontes relacionais, sociais e educativas, entre as comunidades ciganas, imigrantes, sociedade e instituições, promover a integração e inclusão social, bem como o diálogo intercultural e inclusivo.
“Não se pode trabalhar esta matéria sem envolver um leque alargado de instituições, da comunidade, para promover estes objectivos. Queremos promover a multiculturalidade positiva no concelho” explica a vereadora que detém a pasta da educação e da acção social na Câmara da Covilhã. Regina Gouveia acredita que a força “primordial” do projecto são os mediadores, que conhecem os meios onde trabalham, e lembra a importância dos parceiros “estratégicos” para que as coisas cheguem a bom porto.
O Tecer a DiverCidade centra-se em quatro locais: a cidade da Covilhã, onde se procurará sobretudo intervir junto de imigrantes, muitos deles que chegam à cidade por via da prossecução de estudos na UBI, no Teixoso, Tortosendo e Boidobra, onde estão identificadas as maiores comunidades ciganas. Contudo, o trabalho, caso haja outros grupos que precisem de intervenção, pode estender-se a outras localidades onde existem já alguns imigrantes ou ciganos, como Canhoso, Vale Formoso, Peraboa ou Ferro.
(Notícia completa na edição papel desta semana)