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Medicina Nuclear do Fundão sem data para abrir

Administrador da ULS não descarta reorganização da Infeciologia

A entrada em funcionamento do Centro de Medicina Nuclear do Hospital do Fundão, prevista para 2024, continua sem data para começar a atender utentes. Na primeira vez em que falou publicamente, o novo presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Cova da Beira, João Marques Gomes, afirmou que esse processo está em andamento e que essa valência é para “avançar o mais rapidamente possível”.

Questionado pelo NC sobre o que falta para que o serviço comece a ser prestado, João Marques Gomes respondeu que é necessário “formalizar-se tudo o que há para formalizar” e assegurar o que não está ainda disponível, sem adiantar pormenores.

“Vamos formalizar tudo o que há para formalizar e vamos trabalhar em conjunto para que a coisa possa acontecer tão depressa quanto possível. Estamos em cima do assunto, é um assunto que para nós é muito importante e vamos andar à velocidade da luz, se for necessário”, garantiu o presidente do conselho de administração.

Sobre o material existente, João Gomes respondeu que “há equipamento que está cá e há equipamento que é para adquirir”, sem especificar.

Em fevereiro do ano passado tanto o então administrador, João Casteleiro, como o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, apontavam para 2024 a abertura do Centro de Medicina Nuclear, tendo indicado como principal dificuldade a aquisição de um Posto de Transformação (PT), que implicava um concurso internacional.

Segundo Paulo Fernandes, a obra física do Centro de Medicina Nuclear ficaria concluída até ao final de fevereiro de 2024 e seria necessário assegurar o PT para o “reforço da capacidade elétrica” do Hospital do Fundão.

Em outubro último, João Casteleiro informava que a burocracia atrasou o processo e que o concurso público internacional aberto em novembro de 2023 para a aquisição de equipamentos teve de ser alterado, “porque os equipamentos mudaram, melhoraram significativamente”, e teve de se abrir um novo procedimento.

O concurso previa a compra de equipamentos que contemplavam exames de diagnóstico, no valor de 258 mil euros, e serviços de telerradiografia, com uma verba de 329 mil euros.

O anterior presidente da ULS da Cova da Beira adiantou que havia equipamento já instalado, proveniente do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), mas que há outro que tem de ser comprado, nomeadamente “um PET” (Tomografia por Emissão de Positrões), técnica de imagem médica que utiliza moléculas para detetar e localizar reações bioquímicas associadas a determinadas doenças, sobretudo nas áreas da Oncologia, Cardiologia e Neurologia.

A Câmara Municipal financiou as obras de requalificação do edifício do Hospital do Fundão, que vai albergar a nova unidade, e o presidente sublinhou que, embora esteja, para já, prevista apenas a vertente de diagnóstico, as infraestruturas ficam preparadas para poderem ser feitos tratamentos nas instalações e os doentes possam fazer radioterapia, caso seja tomada essa decisão, numa segunda fase, um serviço que vai beneficiar “toda a região”, servir a Beira Interior e evitar deslocações.

Além do financiamento das obras nas instalações, a Câmara do Fundão tem o compromisso de pagar a componente não comparticipada dos equipamentos comprados.

“Em termos oncológicos, um diagnóstico atempado pode fazer a diferença entre a vida e a morte, e estamos a falar de algo muito sério do ponto de vista de saúde pública”, referiu Paulo Fernandes.

Confrontado com os rumores de que o serviço de infeciologia do Hospital do Fundão pode fechar, o novo administrador garantiu não ter “nada para anunciar nesta fase”, embora não tenha rejeitado essa possibilidade, afirmando que o que faz sentido é avaliar “quais as especialidades, os cuidados que faz sentido ter e onde, sempre a pensar no utente”.

“Do ponto de vista do que queremos fazer, teremos de ver quais as instalações que nós temos, eventualmente podemos pensar em construir novas instalações em parceria com outros organismos públicos”, acrescentou.

A ULS da Cova da Beira integra os hospitais do Fundão e da Covilhã e os centros de saúde da Covilhã, Fundão e Belmonte.

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