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Melhorias não deram para ganhar

Sporting da Covilhã jogou melhor que nas últimas partidas, teve várias situações de golo, que desperdiçou, marcou, mas nos minutos finais cedeu empate frente à Académica

Desta vez, não se pode dizer que o nível exibicional tenha sido baixo. O Sporting da Covilhã mostrou, na noite do passado domingo, muitas melhorias em relação ao passado mais recente, foi dominador, teve imensas ocasiões de que golo, e só se pode queixar de si próprio por não ter levado de vencida a Académica de Coimbra, em jogo da oitava jornada da fase de promoção da Liga 3. No final, um empate a uma bola lisonjeiro para a Briosa, e penalizador para o leão da serra, que terá hipotecado de vez as hipóteses de subida.

Cerca de um mês depois de estar ao comando da equipa, Francisco Chaló mostrou várias alterações. Quer a nível tático, quer em termos de onze. A estrutura covilhanense, que nesta temporada assentou sempre em três centrais, desta vez ficou com dois (Casagrande e Nuno Tomás), numa linha de quatro homens na defesa, três no meio-campo e três na frente. No onze, chamados todos os mais “experientes”: Tiago Moreira, Gilberto, Traquina e Zé Tiago. E na frente, a novidade Paulinho que, contudo, após violento choque de cabeça saiu prematuramente (25 minutos) para dar lugar a Elijah.

A primeira ameaça foi do Covilhã, num remate de longe, de Renato Soares, aos cinco minutos, à figura de Carlos Alves, que se cotaria como o melhor em campo. O guarda-redes da Académica faria mesmo, aos 29 minutos, uma defesa quase impossível, com o pé, após cabeceamento de João Vasco que correspondeu da melhor maneira a um cruzamento da direita de Traquina, naquela que foi a melhor oportunidade de golo dos serranos nos primeiros 45 minutos. Da Académica, apenas registo, já nos descontos, de um remate de Alex Teles à figura de Makaridze, após cruzamento de João Silva.

Se na primeira parte o Covilhã já tinha dominado, na segunda essa tendência acentuou-se, mas com mais ocasiões de golo. E mais desperdício. Demasiado. Lucas Henriques, aos 53 minutos, testou Makaridze, que correspondeu com defesa segura, mas três minutos depois (56), e por duas vezes, o leão da serra ameaçou realmente a baliza da briosa. Primeiro, por Elijah, que não conseguiu, na pequena área, desviar para a baliza um primeiro remate de Zé Tiago. E no minuto seguinte, mais uma vez, após combinação com Zé Tiago, Elijah surgiu na cara de Carlos Alves que, mais lesto, saiu aos pés do avançado serrano e anulou a tentativa de golo. Aos 65 minutos, de livre, através de Michel, o Covilhã ameaçou de novo, mas a bola passou próximo do poste da baliza dos estudantes.

Num forcing final, nos últimos dez minutos, o Covilhã carregou, à procura do golo que poderia valer a primeira vitória nesta fase (que não se concretizou), e, aos 83 minutos, marcou. Lançamento de linha lateral, na direita, alguma passividade dos homens de Coimbra, e Bruno Figueiredo a furar na área, a rematar com a bola a desviar em Aloísio e a enganar Carlos Alves.

Quando se pensava que os serranos iriam aguentar a vantagem, a Académica, que quase nem rematou à baliza durante todo o jogo, empatou, aos 89 minutos. Um canto a favor dos estudantes, com a bola a ser afastada para fora da área, onde Hugo Seco lançou nas costas da defesa serrana Ailson que, de cabeça, assistiu João Victor que na pequena área só teve que encostar, face a um desamparado Makaridze. Já nos descontos, após perda de bola infantil de Diogo Ferreira à saída da área, a Briosa ameaçou o segundo, num lance em que ficou a reclamar penálti por mão na área, mas nem árbitro nem VAR viram qualquer anomalia.

Com este empate, o Covilhã é penúltimo, com cinco pontos (os mesmos do Atlético), a nove do terceiro (que disputa play-off com antepenúltimo da II Liga) e terá dito mesmo adeus a uma possível promoção. Na próxima jornada, o Covilhã desloca-se domingo, 14, às 17 horas, ao terreno do Lusitânia de Lourosa, que nesta ronda perdeu a liderança para o Alverca, após ser derrotado na Póvoa de Varzim por 4-3. Nesta fase final, das oito equipas em prova, o Sporting da Covilhã é a única que ainda não ganhou.

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