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Migrantes autónomos em menos de um ano

Entre os homens, 73% começam a trabalhar e têm a própria casa em menos de um ano

Os migrantes que chegam ao Fundão em situação de vulnerabilidade conseguem autonomizar-se em menos de um ano, um prazo quatro vezes inferior ao que acontece no espaço europeu, disse na segunda-feira o presidente do município.

Segundo Paulo Fernandes, no caso dos homens, a taxa de integração socioprofissional, desde que começam a trabalhar até ao processo de autonomia, é de 73%, enquanto nas mulheres essa percentagem cai para cerca de metade.

O presidente da Câmara do Fundão explicou que um dos fatores se prende com as características de grupos de migrantes que chegaram ao Fundão, nomeadamente refugiados da guerra da Ucrânia, um grupo de mulheres quase na totalidade com um ou mais dependentes a seu cargo, o que dificulta esse processo.

“O nosso prazo para a autonomização é inferior a um ano, quando no espaço europeu, em muitos casos em que recebem esses migrantes mais vulneráveis, é superior a quatro anos”, acentuou o autarca, à margem da apresentação, no Casino Fundanense, da Rede de Cidades Pink Circle.

Essa “taxa de 73% de sucesso” na inclusão dos homens migrantes deve-se, de acordo com Paulo Fernandes, ao “programa holístico de resposta ao acolhimento, seguramente eficaz”, que “trata quem chega de forma muito interdisciplinar”.

“É um número muito bom do ponto de vista da inclusão profissional dos migrantes, sabendo que a inclusão profissional é um grande acelerador para a inclusão social, para a língua, para a inclusão até do ponto de vista cultural”, salientou Paulo Fernandes.

A formação imediata em alguma área específica em módulos curtos, enquanto se ensina a língua, que se faz o acompanhamento administrativo, faz a diferença, acentuou o autarca do Fundão.

“Nós aceleramos muito o processo de relação com a comunidade”, vincou o presidente do município, onde vivem “fundanenses não nacionais” de mais de 70 países.

Paulo Fernandes adiantou que esses migrantes trabalham nos mais variados setores da economia do concelho. Não apenas na agricultura ou na construção civil, como também no turismo, na hotelaria e restauração, no comércio em geral, em lares e centros de dia como cuidadores e em áreas mais qualificadas.

O edil do Fundão reforçou que essa mão-de-obra ajuda a reforçar a população ativa no concelho e a dar resposta em áreas onde são necessários trabalhadores, além do contributo que dão para a Segurança Social.

 

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