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Monte do Bispo: uma aldeia que também quer ser cultura

O MonteFest decorre este fim-de-semana na aldeia do concelho de Belmonte, que aposta na dinamização de um evento associado à temática da bruxaria

Um festival de outono, de cariz tradicional, onde através da música, dança, teatro ou outras artes se pretende divulgar e intervir na pequena aldeia do Monte do Bispo, concelho de Belmonte, de modo a enriquecer cultural e didaticamente aquela localidade. É este o propósito de mais uma edição do MonteFest, um evento organizado pela Associação InMonte Cultural, criada há cerca de uma década com o objetivo de dinamizar a aldeia.

António Luís Almeida, presidente da mesma, e a “cara” deste projeto ao longo dos anos, lembra que esta iniciativa nasceu de um jantar de sócios, que acharam que era tempo de criar um evento associado ao Halloween, no concelho. “Achámos que também devíamos sair à rua e expurgar os males. O objetivo era também trazer mais gente à aldeia, e proporcionar uma festa diferente das que habitualmente têm, mais populares. Começamos apenas com um jantar temático, um dia, já vamos em três” frisa, lembrando que esta é já a 12ª edição do evento.

Segundo a organização, procurar promover “um olhar dinâmico e de interação com o património local, as pessoas, os seus hábitos e costumes”, fazendo-se valer de uma temática de misticismo, magia, antigas lendas, contos e estórias populares, característica desta altura do ano, é um dos propósitos do MonteFest, que se inicia na sexta-feira, 25, pelas 21:15, com o “Rebentar da Abóbora”, uma iniciativa em que a contadora de histórias, Vero Storyteller, irá trazer à cena “contos de terror”. Às 22 horas, sobe ao palco a música da Tuna Académica da UBI e uma hora mais tarde, é o artista local, Virgílio Faleiro, quem faz a festa.

No sábado, 26, dia da Assombração das Bruxas, às 16 horas decorre um encontro de “bruxas e zangões”, há jogos tradicionais e animação de rua. Às 17 são invocadas bruxas com os Babosa Brass Band, haverá uma ronda pelas ruas da aldeia e às 19, um jantar temático (com inscrição prévia e limitada ao espaço existente). Às 21 regressa a música, com os Badosa Brass Band, Black Raven e Manta D’Ourelos, seguindo-se uma marcha noturna, com animação musical, e um espetáculo de fogo, o “Infernus de Dante”. A noite fecha com “feitiços e magias de bruxas”, com o ritual das tradicionais queimadas de aguardente.  No domingo de tarde haverá um mercadinho, com produtos regionais e locais, encerrando o certame às 15 horas.

“Tem sido um evento em crescendo. Temos tido gente, e apostamos em trazer para aqui outro tipo de cultura, o que tem sido bem aceite” explica Luís António Almeida. A iniciativa decorre na antiga escola primária da aldeia (que fechou e hoje acolhe a sede da associação), zona adjacente e pavilhão da comissão de festas de Santa Luzia. “Esperamos que as pessoas se desloquem” deseja o dirigente, que adianta que é a Junta de Freguesia de Caria quem mais apoia. Há ainda patrocínio da Direção Geral das Artes, INATEL, e logístico, da Câmara de Belmonte.

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