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Moradores do Bairro do Património dizem-se forçados a assinar contrato de arrendamento

Luís Pinto tem 61 anos e vive há 58 anos no Bairro do Património, para onde foi morar com os pais e seis irmãos, numa das casas cedidas  “aos pobres da Covilhã”, contruídas por empresas e beneméritos e geridas pelas Conferências de São Vicente de Paulo. Em troca, tinham de conservar o imóvel “com zelo e cuidado”. No final de Maio último os 21 moradores das dez casas habitadas receberam da Câmara da Covilhã uma carta, a solicitar vários documentos para calcular o valor a pagar depois de assinado um contrato de arrendamento a celebrar com o município, no âmbito do regime de arrendamento apoiado.

A reacção dos moradores foi, conta Luís Pinto, que vive com a esposa e a cunhada numa das casas, de “grande surpresa”. Primeiro por nunca terem sido abordados antes da chegada da missiva e também porque nunca foram informados de que os imóveis eram propriedade do município.

As casas têm cerca de 70 anos e estão em diferentes estados de conservação. Luís Pinto, ex-operário dos lanifícios e actualmente aposentado, na sequência de uma doença oncológica, foi fazendo obras “à medida das possibilidades”, em várias fases. Chegou a pedir empréstimo bancário para alguns melhoramentos, conta, porque o soalho, em madeira, estava a apodrecer, tal como o telhado tinha passado a ter infiltrações. “Esta casa nada tem que ver com a casa antiga. Se não as arranjássemos, já estava tudo tombado”, salienta. “Nunca cá puseram um tostão, e agora querem cobrar renda”, indigna-se.

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