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Munícipes estão a receber cartas para pagarem facturas de água em dívida

Tem sido um tema que está a agitar a população, com muita gente a usar as redes sociais para contestar algumas situações em que, dizem, a autarquia não terá razão. A Câmara de Belmonte enviou mais de duas mil cartas a munícipes por falta de pagamento de facturas de água, em atraso, algumas já de anos como 2014, 2015 ou 2016, ameaçando mesmo cortar o fornecimento caso os valores em dívida não sejam pagos.

Um tema que foi levado à última reunião pública do executivo, na passada quinta-feira, com o vereador José Mariano, eleito pelo PSD, a lembrar que, em muitos destes casos, o pagamento já prescreveu, pois já passaram mais de seis meses. “Ao fim de seis meses, face à lei, caduca a situação. Penso que os serviços é que falharam nas cobranças. Penso que é um assunto a ver e rever” disse.

Já o vereador da CDU, Carlos Afonso, alertou para muitos casos em que se as pessoas não pagaram, não foi propositadamente, mas sim porque quem cobra não retirou os valores das contas, até porque muitas tinha débito directo em conta para a factura mensal. “É um problema incompreensível. Há gente que tinha dinheiro na conta bancária a receber agora as facturas, de 2014 ou 2015. E receberam o aviso a dizer que, ou pagam, ou lhes cortam a água, o que é um grande transtorno. Acho que a Câmara não tem legitimidade para isso. E agora, vamos cortar a água a duas mil pessoas? É preciso distinguir entre quem abusou e quem está a sofrer uma falha dos serviços” frisa o autarca, que recorda que em muitos destes casos, houve quem não pagasse porque, pura e simplesmente, não lhe foi retirado valor da conta. “A grande maioria tinha dinheiro lá” afirma.

“Só foram enviadas cartas a quem deve”

Dias Rocha lembra que “só foram enviadas cartas a quem deve”, que cada caso será analisado e as pessoas têm direito a contestar, caso se sintam lesadas. Mas “Belmonte não pode continuar a ter cerca de 400 mil euros por cobrar. Temos dívidas em que uma só entidade deve mais de 30 mil euros. Não pode continuar assim, pois possivelmente teremos que mudar o preço da água, que ainda é dos mais baixos do País” explica o autarca.

O presidente de Câmara apela ainda a menos desperdício. “Temos pessoas a regar couves com água da rede. Ou os jardins. Não pode ser. Se não podem ter jardins, não os têm.

Dias Rocha admite que, pela lei, “há pessoas que podem dizer que só pagam o que ela prevê (últimos seis meses), e, se é de lei, só temos que aceitar. Mas o princípio é que quem consome água, tem que pagar.”

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