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Município admite “deficiente informação” nas obras da Avenida Frei Heitor Pinto

O presidente da Câmara da Covilhã admitiu na última reunião pública do executivo, na sexta-feira, 13, ter existido uma “deficiente informação” aos moradores sobre o início das obras de requalificação da Avenida Frei Heitor Pinto, anunciou as datas de cada fase e informou que vai ser distribuído um desdobrável a quem mora nas zonas a intervencionar.

Questionado por um munícipe sobre a ausência de comunicação à população em relação ao início das obras, que surpreenderam quem mora e circula na área e provocaram constrangimentos, Vítor Pereira reconheceu que as pessoas “deviam e podiam” ter sido informadas “com mais pormenor”.

O autarca esclareceu que, de acordo com o que se encontra planificado, a primeira fase, em curso há cerca de uma semana, decorre entre o cruzamento da Rua da Indústria e o cruzamento para o quartel dos bombeiros, na Rua Júlio Maria Costa, em Janeiro e Fevereiro.

A segunda fase dos trabalhos está planeada para Março e Abril, entre o cruzamento da Rua Júlio Maria da Costa e a Rua Valério da Cruz.

Em Maio e Junho devem ter lugar as obras na zona do Jardim Público, entre o Largo Infantaria XXI e o cruzamento da Rua da Indústria.

A quarta fase, na Estrada do Sineiro, entre a Rua José Valério da Cruz e a Rua José Caetano Júnior, estão planificadas para Agosto e Setembro.

A requalificação da via tem prevista a última área de intervenção, na zona da Rua da Indústria, em Outubro e Novembro.

Podem surgir “imponderáveis” que alterem o calendário

O presidente do município, Vítor Pereira, alerta que a empreitada implica, entre outros, trabalhos no subsolo, e “é possível que surjam imponderáveis e este calendário tenha de ser ajustado”.

O edil adiantou a intenção de pedir aos serviços que “façam chegar um desdobrável a todos os habitantes que vão ser afectados pelas obras, para as pessoas poderem programar as suas vidas e saberem quando é que vão ter intervenção à sua porta, porque alguns poderão estar a pensar mudar de casa ou fazer obras na sua casa e assim poderem programar a sua vida e tomar providências”.

Munícipe critica a não apresentação do projecto

O assunto foi introduzido na discussão por Pedro Seixo Rodrigues, arquitecto que, no período de intervenção do público, acentuou a contestação pública e os transtornos causados a quem reside na zona e não foi atempadamente informado de uma obra que, acentuou, estando prevista, tinha de estar calendarizada.

“Não percebo porque não é comunicado”, censurou o munícipe, que também realçou não entender como uma obra “de grande dimensão e estruturante para a Covilhã” não tenha sido publicamente apresentada e a população continuar sem ter acesso ao projecto da futura avenida, “para não ser uma surpresa o que se vai lá ter”.

Além do abate de árvores, Pedro Seixo Rodrigues afirmou-se “perplexo” ao deparar-se com a demolição do edifício junto ao antigo posto de abastecimento de combustível da Sacor, em frente ao Sport Hotel.

“Quando se fala de património, não se pode falar apenas de igrejas ou edifícios notáveis”, argumentou, acrescentando que “o imóvel, do ponto de vista arquitectónico, tinha interesse em manter” e adaptar a outras funções, uma opinião com a qual Vítor Pereira não concorda.

“Não considero que aquilo seja histórico”, respondeu o autarca, referindo-se ao edifício que funcionou como café e, nos últimos anos, se encontrava devoluto.

Oposição alerta para “problema” de água da chuva escoar para os esgotos

O vereador da coligação CDS-PSD-IL, Pedro Farromba, recordou ter alertado para dois problemas: por um lado, não terem sido removidos os antigos depósitos de combustível enterrados no passeio, por outro, estar projectado as águas pluviais serem drenadas para os esgotos e, por isso, serem pagas à entrada da estação de tratamento de águas.

“Vamos pagar água da chuva como se fosse água dos esgotos”, sublinhou Farromba.

A requalificação da Avenida Frei Heitor Pinto foi adjudicada em Julho do ano passado, por um milhão 356 mil euros, e tem a comparticipação de fundos comunitários.

As obras começaram junto ao antigo infantário Bolinha de Neve e ao serviço de Finanças.

 

 

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