O edifício do Parkurbis vai passar a ser propriedade da Câmara da Covilhã, que o vai comprar por 740 mil euros, com a possibilidade de a administração do Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã o poder fazer regressar à sua esfera no prazo de cinco anos.
A decisão foi tomada na reunião privada do executivo de dia 31, com o voto contra da oposição, que alega não conhecer as contas da Associação Parkurbis, empresa do perímetro municipal, e por isso desconhecer o contexto que levou a administração a fazer essa proposta, em assembleia geral.
Segundo a coligação CDS/PSD/IL, o valor pago pelo município destina-se ao pagamento da dívida da Associação Parkurbis ao Millennium BCP.
O presidente do município, Vítor Pereira, sublinhou que se constatou a dificuldade do Parkurbis com o empréstimo, que estava “a tolher, a condicionar a ação” do Parque de Ciência e Tecnologia, nas palavras do autarca, o que levou a tomar a decisão.
A Associação Parkurbis tem a possibilidade de recuperar o edifício nos próximos cinco anos e tem a expectativa de que possa surgir essa oportunidade através de fundos comunitários, acrescentou o edil.
De acordo com Vítor Pereira, o imóvel vai ser comprado por metade do valor da avaliação feita e, após os cinco anos na posse do município, “pensa-se numa solução”.
Vítor Pereira aludiu ao empréstimo, em mandatos anteriores aos seus, de 3,1 milhões de euros contraído para contruir as instalações, “um empréstimo pesado, não só na sua expressão, na sua magnitude, como também na componente de juros”, e que estava a criar “uma dificuldade”.
O presidente da autarquia sublinhou que os parques de ciência e tecnologia não estão vocacionados para o lucro, mas sim para a captação de investimento e de empresas.