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Município negoceia com proprietários recuperação de conjunto fabril na Carpinteira

A Câmara Municipal da Covilhã está a desenhar um projecto para, em parceria com privados, poder fazer uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o intuito de requalificar o conjunto fabril da antiga Nova Penteação, da Fábrica Campos Melo e do conjunto de construções à volta, para aí instalar empresas, preferencialmente de base tecnológica.

No final da última reunião privada do executivo, na sexta-feira, 8, o presidente da autarquia, Vítor Pereira, afirmou tratar-se de um projecto ainda em fase de negociação com os privados, proprietários dos imóveis, num “triângulo” com o município e com o Governo, através dos fundos comunitários, e referiu que “fazer convergir vontades de privados num processo deste é sempre algo delicado”.

A intervenção, que prevê três hectares de construção no conjunto dos edifícios, “será feita por fases”, acentuou o presidente, que realçou ser necessário ser “realista” e não ter “a pretensão” de executar todo o plano “de uma só vez”.

Neste momento está a ser feita a negociação com os proprietários dos edifícios, a “questão preliminar que está agora em cima da mesa”. “A Câmara não vai adquirir aqueles espaços”, informou Vítor Pereira, sem adiantar mais pormenores, tendo em conta que decorrem conversações.

A ideia é no local “instalar empresas da mais variada natureza”, dando prioridade “àquelas que hoje em dia são as empresas consideradas do futuro”, as de base tecnológica, “mas também estamos a falar de empresas de artesanato, comércio, de habitação, da musealização ou do turismo”, de acordo com o presidente do município.

No final da sessão, Pedro Farromba, eleito da coligação CDS/PSD/IL, congratulou a maioria socialista pela intenção de intervir no local, salientou que a recuperação do Vale da Carpinteira foi uma das suas bandeiras eleitorais e informou que iria enviar ao presidente o projecto que tinham para o local, e que contemplava, além da recuperação de edifícios, um acesso entre a antiga Adega da Covilhã e a zona das Poldras, estacionamento na parte inferior da Rua Mateus Fernandes, uma via para a zona baixa do Bairro do Rodrigo, a limpeza das laterais da ribeira, criação de espelhos de água e de espaços de lazer ao longo do curso de água.

“Só faz sentido uma intervenção naquela zona se for contemplado todo o Vale da Carpinteira e não apenas a recuperação dos edifícios”, preconizou Pedro Farromba.

Vítor Pereira considerou que os dois projectos “podem avançar em paralelo”, tirando partido de percursos pedestres e pontes que permitam circular nas margens da Ribeira da Carpinteira, mas acentuou que será dada “prioridade à criação das condições para fixar empresas, criar riqueza e emprego”. “Depois tratamos do embelezamento, sem descurar a sustentabilidade ambiental”, sublinhou o edil.

Além da antiga Nova Penteação e da Fábrica Campos Melo está a ser considerado o “conjunto de edifícios onde outrora existiu um pequeno aldeamento nos primórdios da indústria de lanifícios no nosso concelho”.

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