A Câmara da Covilhã autorizou a criação de uma quinta Equipa de Intervenção Permanente (EIP) que garante a prontidão 24 horas por dia de bombeiros profissionais no concelho.
A decisão foi tomada na sessão camarária de sexta-feira, 9, e o pedido vai agora ser remetido ao Ministério da Administração Interna.
Segundo o presidente, Vítor Pereira, o município, que comparticipa com metade do valor o pagamento de cada uma das equipas, composta por cinco elementos, cada EIP representa para a autarquia um investimento de cerca de 55 mil euros anuais e a Câmara da Covilhã paga atualmente um valor a rondar os 220 mil euros para garantir as quatro EIP em funcionamento.
Caso a criação de uma quinta equipa venha a ser aprovada, esse valor passa para os 275 mil euros anuais.
“Estamos a criar mais uma EIP para ajudar os nossos bombeiros, garantindo mais e melhores meios para o socorro às pessoas e a salvaguarda de bens”, justificou Vítor Pereira.
Segundo o presidente do município, uma quinta equipa, que passará a totalizar 25 pessoas, “permitirá aos bombeiros o reforço da resposta com equipas profissionais na primeira intervenção e durante 24 horas por dias.
Atualmente, depois da implementação da quarta EIP, há dois anos, os Bombeiros da Covilhã passaram a garantir o funcionamento de uma equipa profissional 16 horas por dia, entre as 08:00 e a meia-noite.
Para a coligação CDS/PSD/IL, que votou favoravelmente, “faz todo o sentido” e, se os bombeiros apontam essa necessidade, não sendo os vereadores técnicos, só têm “de concordar”.
A Comunidade Intermunicipal da Região Beiras e Serra da Estrela anunciou, em março, que sem o financiamento para as EIP ser revisto pelo Governo, não seriam criadas mais equipas, tendo em conta que os municípios suportam metade dos custos quando consideram que esta é uma delegação de competências do poder central no domínio da Proteção Civil, sem o acompanhamento do respetivo pacote financeiro.
A Comunidade Intermunicipal adiantou que os 15 concelhos que a compõem deliberaram, por unanimidade, não aprovar a criação de mais nenhuma EIP enquanto as condições de financiamento destas estruturas de Proteção Civil não fossem alteradas.
Confrontado com esta tomada de posição, Vítor Pereira considerou que a CIM “não deixa de ter razão em relação a essa reivindicação”.
“Até que essas reivindicações sejam atendidas, não podemos ficar à mercê da sorte, entregues a nós próprios. Temos de tomar providências, porque se e quando o Governo tomar as devidas providências a este propósito, nessa altura ficamos agradados que assim seja, e uma coisa não inviabiliza nem prejudica a outra”, respondeu o presidente da Câmara da Covilhã.