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Muralhas do Norte dá espaço a novos projetos

A terceira edição da Feirinha regressou à Rua do Norte na quinta-feira, 5

Entre comidas, roupa em segunda mão, artesanato, tatuagens, foram 41 os expositores presentes na iniciativa Feirinha Muralhas do Norte, promovida pelo Nosso Bar e pela CISMA – Associação Cultural, na última quinta-feira, 5. Além de comércio, também houve espaço para cinco momentos musicais.

“O objetivo foi sempre dar oportunidade às pessoas e facilitar o processo de estar com os clientes”, diz Caroline Dana que, juntamente com Rafaela Wilke, é proprietária do Nosso Bar, situado na Rua do Norte, no Centro Histórico da Covilhã.

“Quando eu e a Rafaela chegámos a Portugal, sempre tivemos o sonho de abrir um negócio e, quando abrimos, percebemos que as pessoas precisam de oportunidades, assim como nós precisámos no início”, explica Caroline.

Rafaela Wilke refere que a maioria dos participantes “são pessoas com muito talento, mas que não têm local para vender os produtos”. “Têm um projeto, mas é um projeto dentro de casa”, acrescenta Caroline Dana.

A Feirinha, que decorre duas vezes por ano, em maio e outubro, teve nesta edição uma vertente solidária. “Não há um custo de participação [dos expositores], mas nesta edição achámos que era bom apoiar uma causa social”, frisa Diana Silva, membro da CISMA. Cada participante fez uma doação à organização NOA – Nós os Animais.

Carolina Crisóstomo, 23 anos, é uma das participantes na iniciativa. Proprietária de uma loja de roupa em segunda mão, perto da Igreja de Santa Maria, é a segunda vez que está presente na Muralhas do Norte.

“É bom para captar pessoas novas”, afirma a jovem. Carolina Crisóstomo refere que tenta levar para a Feirinha peças diferentes de forma a “apelar ao público”. “O público jovem já procura mais roupas em segunda mão, roupa mais vintage”, diz.

A jovem salienta que a adesão “é boa”. “Há sempre adesão, compram sempre qualquer coisinha. As pessoas dizem ‘não conhecia [a loja], vou lá passar depois’”, comenta animada.

Um dos visitantes do evento é Joaquim Moreira, que considera a feira “muito fixe” e uma forma de os artistas da cidade “se poderem expressar”.

“Por enquanto, são só essas duas vezes por ano. Não temos nenhuma ajuda, somos nós que custeamos todo o evento. Hoje, com as possibilidades que temos, dá para duas vezes no ano”, salienta Rafaela Wilke.

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