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Museu do ano está na Covilhã

O Museu da Covilhã foi distinguido na passada semana com o Prémio Museu do Ano 2022, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), anunciou a organização, numa cerimónia realizada na Amadora.

O novo Museu da Covilhã, localizado no centro da cidade, na Rua António Augusto de Aguiar, era um dos dois finalistas que concorriam ao prémio principal do palmarés da APOM, a par do Museu Municipal de Lagos – Museu Dr. José Formosinho, no distrito de Faro.

Inaugurado em Agosto de 2021, no antigo edifício do Banco Nacional Ultramarino, que foi alvo de intervenções para resolver problemas estruturais e de acessibilidade, o Museu Municipal da Covilhã acolhe a representação do património cultural de todas as épocas de ocupação daquele território. A componente museográfica foi desenvolvida pela empresa covilhanense Formas Efémeras.

O júri, composto pelos membros dos órgãos sociais da entidade, recebeu este ano cerca de 270 projectos candidatos, provenientes de todo o País. Na eleição do Museu da Covilhã para Museu do Ano pesou a “grande aposta na inclusão, com vários aspectos de adaptação do novo museu ao acolhimento dos públicos com limitações a vários níveis”, e que esta vertente “foi diferenciadora” para atribuir a distinção máxima.

O Prémio Museu do Ano é uma das principais distinções atribuídas pela APOM, num total, este ano, de 32 categorias a concurso, que distinguem, entre outras áreas, a melhor intervenção e restauro, o melhor catálogo, a melhor exposição, mecenato e projecto museográfico. No ano passado, o prémio Museu do Ano foi para a Casa Fernando Pessoa, dedicada à vida e obra do poeta, em Lisboa.

No interior do edifício desenhado por Ernesto Korrodi, os conteúdos permitem fazer uma viagem pelo passado do concelho da Covilhã através das diferentes épocas de ocupação do território e com recursos “variados, acessíveis e inclusivos”, como destacou a autarquia na altura da inauguração das obras de requalificação. Além das peças, objectos, textos, fotografias, ilustrações, maquetes e cenografias, o visitante também tem ao dispor audiovisuais, textos em braille, réplicas e imagens tácteis, bem como audiodescrição ou legendagem e interpretação em língua gestual portuguesa. “O espaço apresenta uma organização cronológica dos conteúdos, distribuídos por diferentes pisos: da Pré-história à Romanização (piso 3), Idade Média e Moderna (piso 2), Época Contemporânea (piso 1) e uma visão global da história da cidade e uma reflexão sobre o futuro, com recurso a interactivos (piso 0)”, pormenorizou o município, aquando da abertura do espaço ao público. O museu também está capacitado para acolher exposições, palestras, concertos ou outras actividades e serve ainda como ponto de partida para grupos e visitas guiadas na cidade. Além disso, no âmbito do projecto de descentralização da arte desenvolvido pelo Novo Banco Cultura, também tem expostas ao público cinco obras portuguesas do século XX, da autoria de Eduardo Malta, Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes, Júlio Resende e Malangatana

 “Há que manter e melhorar o nível”

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, disse que a autarquia está muito honrada com a atribuição do Prémio Museu do Ano 2022 ao Museu Municipal local, o qual promete continuar a melhorar. “É uma honra enorme sermos distinguidos com este prémio, mas é também uma responsabilidade, até porque há que manter e melhorar ainda o nível deste museu. O facto de termos recebido este honroso prémio não significa que ficaremos parados”, afirma.

Sublinhando que este prémio é considerado o “Óscar português dos museus”, Vítor Pereira vincou o sentido de responsabilidade com que foi recebido, garantindo que o espaço continuará a ser renovado e não ficará cristalizado no tempo. O autarca destacou o facto de esta estrutura, que abriu portas no Verão de 2021, ser um “museu do território”, que “de forma suscita, simples e clara” dá a conhecer a história do concelho através dos diferentes períodos de ocupação. “Este museu está para a museologia da nossa região e do nosso país, como os breviários de história estão para os compêndios”, disse, referindo que o discurso expositivo permite “acicatar” a vontade das pessoas para aprofundarem os conhecimentos naquela área.

Em jeito de apresentação, o autarca salientou o facto de este ser um “museu inclusivo” que apresenta os conteúdos com recurso a linguagem gestual ou a réplicas táteis. “É um museu que se destina a diferentes públicos e que é acessível a cidadãos que normalmente têm dificuldades em visitar espaços desta natureza, tal como os invisuais, pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência física”, afirmou. Vítor Pereira mostrou-se convicto de que este galardão contribuirá para aumentar o número de visitas à cidade, ao concelho e à região. “É mais uma razão para ir e para permanecer por mais tempo na Covilhã”, acrescentou, frisando que este prémio pode afirmar-se como mais uma “âncora” para o turismo regional.

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