O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, garantiu que, de ora em diante, em obras públicas, como arruamentos e passeios, a autarquia vai tentar deixar de utilizar paralelos, de modo a não dificultar a mobilidade das pessoas.
“Vamos evitar os paralelos. Há uma tendência, muito portuguesa, de colocar paralelos em calçadas. Mas além disso, não há sequer mão-de-obra que os coloque. São mais caros e não são amigos das pessoas” disse o autarca, quando confrontado, na última reunião pública do executivo, com críticas do vereador da oposição (CDS/PSD), Pedro Farromba, com as obras na avenida Frei Heitor Pinto.
Farromba elogiou uma recente reportagem do NC, de uma iniciativa de alunos da UBI que mostrou as dificuldades de mobilidade tidas, por exemplo, por cidadãos com deficiência naquela artéria, com obstáculos arquitetónicos, e disse que apesar de concordar com a intervenção naquela rua, a mesma foi “mal projetada e mal-executada”. “Saúdo a intervenção, mas não a forma como foi feita” frisa.
Vítor Pereira lembrou que “não há cidades sem buracos ou sem problemas em passeios”, mas que a Câmara tudo tem feito para que não existam. “É o que desejamos” aponta.
Recorde-se que há bem pouco tempo o município recebeu, parcialmente, a obra, mas com a abstenção dos três vereadores da oposição, que consideraram que a obra ainda não estava “em condições de ser rececionada” e “não foi feita de forma adequada”, quando constatavam ainda que, por exemplo, que ainda havia passeios inacabados, com paralelos soltos. Na altura, Vítor Pereira garantiu que assim que o tempo melhorasse os passeios seriam reparados e seria feita uma intervenção nos locais onde existe maior escoamento de água, através da aplicação de “material adequado para fixar” os paralelos quando há enxurradas. O autarca esclareceu que foi feita a receção “parcial da obra” e frisou que o empreiteiro está responsabilizado por uma garantia durante cinco anos. O presidente acrescentou que os trabalhos coincidiram “com muitas intempéries”, o que fez saltar os paralelos, embora tenha realçado que “já se encontrou uma solução” para os fixar.
O edil informou ainda estar também previsto “melhorar a drenagem da água” em zonas onde ela mais se concentra.