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Não há mau tempo que os trave

Guardiões da Serra da Estrela realizam acção de recolha de lixo na Serra

Cá em baixo, na Covilhã, está sol. O tempo não é tão quente como em dias anteriores, mas não está demasiado frio. À medida que se sobe a Serra, e depois de passar as Penhas da Saúde, as temperaturas caem a pique. Aparece nevoeiro, vento e até chuva misturada com gelo. Uma espécie de neve aguada. Mas é sob essas condições que cerca de 40 voluntários, pelas 10 horas da manhã da passada quarta-feira, 5, saltam das carrinhas, bem agasalhados, munidos de sacos pretos de grandes dimensões. Há uma tarefa a fazer: retirar todo o lixo que for possível da Torre e zonas limítrofes.

“A vontade de mudar o nosso pequeno mundo é muita, e por isso, nada nos impede” assegura Tânia Araújo, dos Guardiões da Serra da Estrela, que dinamizaram a iniciativa. Ali, houve um técnico do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) garantir-lhe que, “se aqui viesse há 30 anos atrás, era bem pior”. Mas isso não importa. Pouco, ou muito, há lixo para tirar. E por isso, os Guardiões, o MEDUBI (Núcleo de Estudantes de Medicina da UBI), o MAPA (Movimento Académico de Protecção Ambiental), Associação Geopark Estrela, bem como alunos da EPABI, Quinta das Palmeiras, Campos Melo e Projecto Quero Ser Mais, põem mãos à obra e começam a apanhar tudo o que está a poluir a natureza. “ Nós já tínhamos feito um reconhecimento ao local e verificámos que, efectivamente, há muito lixo. E lixo de grande volume, desde pneus a restos de trenós. Tudo o que se pode imaginar. Acumula-se sobretrudo nas linhas de água, o que é muito mau” explica Tânia Araújo. Que não tem dúvidas de que é na Primavera, início do Verão, que vem “à tona” tudo o que foi deixado sobretudo no Inverno. Devido ao turismo da neve. “O lixo resulta sobretudo do turismo que se faz no Inverno, mas vê-se mais agira, quando a neve derrete. É sempre mais nas zonas altas que ele surge e acaba sempre na água, indo ter ao Zêzere, Tejo e oceano. O que é muito grave” afirma.

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