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Nem as flores escapam aos larápios

Nos últimos meses, além de atos de vandalismo em espaços públicos, a União de Freguesias de Belmonte/Colmeal da Torre tem detetado o furto de flores que coloca em canteiros, pela vila. Autarca estima prejuízos já superiores a 500 euros e pede mais segurança na rua

Tem sido quase o “pão nosso de cada dia”. A União de Freguesias de Belmonte/Colmeal da Torre, responsável pela gestão de diversos espaços verdes na vila, trata dos canteiros em diversos locais, como o castelo, fontanários e rotundas, coloca flores que, de um dia para o outro, desaparecem. “Estamos cada vez piores” lamenta o presidente, Hugo Adolfo, que alerta para a maior insegurança na vila, onde além de furtos se registam também, cada vez mais, atos de vandalismo gratuitos.

“Só no castelo, desta vez, colocámos 50 flores. Cada uma a custar quatro euros. Não ficou nenhuma. Mas isso tem acontecido frequentemente em locais como a Rua Pedro Álvares Cabral, no castiçal, em diversas rotundas que embelezamos. Nos últimos quatro meses, é o roubo de flores e até de mobiliário urbano. Há tempos colocámos dois bancos e duas mesas junto a um fontanário, e até isso desapareceu” frisa o autarca, que diz que tem alertado quer a Câmara, quer a GNR para este fenómeno crescente. “Temos que ter mais segurança cá. Se há mais efetivos da GNR, têm que andar na rua. Este ano, desde que começámos este trabalho nos jardins e espaços verdes, já estimamos um prejuízo superior a 500 euros” frisa o presidente da União de Freguesias.

Apesar de não descartar que possa haver forasteiros a levar “o alheio”, Hugo Adolfo acredita mais que sejam os locais a destruir aquilo que é património de todos. “A mentalidade das pessoas tem que mudar. Há gente de cá que o deve fazer. Existe uma falta de bairrismo tremenda aqui. Por exemplo, na aldeia do Colmeal da Torre temos feito o mesmo trabalho e nunca falta nada” afirma.

O autarca garante que estas ocorrências serão comunicadas às autoridades, mas no que toca ao trabalho que a Junta faz, se calhar o procedimento terá que mudar. “Normalmente, tiram, e nós recolocamos. Se calhar, a partir de agora, quando alguém tirar alguma coisa, deixamos ficar como está” afirma.

Recorde-se que, em fevereiro, a Câmara de Belmonte anunciou a requalificação da cascata e de toda a zona envolvente da Alameda, junto ao castelo, com Dias Rocha a prometer algum investimento na recuperação do local, modernizado há já alguns anos, mas que tem vindo a ser alvo, sucessivamente, de atos de vandalismo. Com iluminação destruída, bem como pedras de granito e mobiliário urbano. “Qual é o prazer que os jovens têm em partir candeeiros, destruir parques ou casas de banho” perguntava Dias Rocha. Aliás, o vereador da CDU, Carlos Afonso, tinha mesmo contabilizado 137 postos de luz danificados no local, acreditando que substituir apenas este material por outro mais resistente, como está previsto, não é a única solução, apelando à sensibilização da população para a preservação dos espaços públicos.

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