Niang foi de “Mota” para a primeira vitória caseira

Avançado, autor dos dois golos, fez a diferença na estreia do novo treinador

Não podia pedir mais. O novo técnico do Sporting da Covilhã, Rui Mota, apresentado a meio da passada semana, estreou-se da melhor maneira à frente da equipa serrana, conquistando a primeira vitória caseira da temporada na Liga 3 (2-1) frente a uma boa equipa como o Caldas, que ocupava o segundo lugar da tabela (onde ainda está) com apenas uma derrota até agora.

Num jogo que se pautou pelo equilíbrio, na primeira parte, e algum ascendente dos forasteiros, na segunda, o Covilhã soube aproveitar as transições rápidas para explorar os espaços deixados nas costas da defesa do Caldas, para ser feliz, com o avançado senegalês Cheikh Niang a fazer a diferença, ao apontar os dois golos do triunfo serrano.

No seu primeiro onze, Rui Mota promoveu três alterações. O até agora titularíssimo central Alison foi para o banco, com o brasileiro Tiago Caveira, que tem andado pela equipa B no distrital, a assumir a titularidade ao lado de Gonçalo Loureiro; o lateral direito Cândido deu lugar a Miguel Silva; e na frente, Jailson surgiu no lugar de André Liberal, com Niang a aparecer mais em zona central. O primeiro sinal de perigo foi aos dez minutos, com Caveira a cabecear à malha lateral, após um livre; e pouco depois, o Covilhã marcou por Jailson, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Do Caldas, pouco se viu.

No reatamento, a equipa forasteira surgiu mais autoritária, com mais posse de bola, algo que até acabou por beneficiar os serranos, que fizeram das transições rápidas a sua principal arma. E foi assim que marcaram aos 54 minutos. Passe longo para as costas da defesa caldense, Niang, no corpo a corpo, a ganhar posição ao central Duarte Maneta e, descaído sobre o lado direito, a rematar rasteiro para o fundo das redes à guarda de Wilson. Aos 72 minutos, os serranos quase festejaram de novo, com o central Gonçalo Loureiro, de cabeça, a proporcionar uma boa defesa ao guardião da equipa do Oeste que, logo a seguir (75 minutos), gelou o Santos Pinto, com o golo do empate, da autoria de Luís Farinha, a corresponder de cabeça a um bom cruzamento de Nuno Januário.

Depois de sofrer o golo, o Covilhã foi em busca da vitória, que acabaria por surgir aos 85 minutos. Lance na esquerda do ataque, com Mica a solicitar Filipe Garcia (que entrara aos 66 minutos para o lugar de Fábio Cruz), que de pé esquerdo cruzou com qualidade para o rápido Niang surgir na pequena área, na zona do ponta de lança, para desviar com precisão para o fundo das redes. Era a alegria para os adeptos serranos, que neste início de segunda volta (décima jornada) festejaram a primeira vitória caseira e viram o Covilhã deixar o último lugar (o 1º de Dezembro, que ganhou na Covilhã, tem pior diferença de golos), apesar de somar apenas dez pontos. Os serranos, contudo, esbatem diferenças para o quarto lugar (o último a dar apuramento para o play-off de subida), ocupado pela Académica, com 15 pontos.

A Liga 3 só regressa no fim do mês (dia 30), com os leões da serra a deslocarem-se ao terreno do 1º de Dezembro, que tem os mesmos dez pontos. Antes, a 22 (um sábado), às 15 e 30, os serranos defrontam no Santos Pinto o Lusitano de Évora (Liga 3) para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. Até lá, Rui Mota tem duas semanas para trabalhar a equipa, já que no próximo fim-de-semana não há jogos.

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