Inicialmente, tinha ficado de fora do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o que levou mesmo o presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Joaquim Brigas, a contestar os critérios de distribuição de verbas para investimentos desta natureza. No entanto, a nova residência de estudantes do IPG, a criar no campus daquela instituição, vai ser mesmo uma realidade.
O IPG foi notificado, na passada semana, de que o investimento, de cerca de 3,7 milhões de euros, é elegível no âmbito do PRR. A instituição já recebeu mesmo a minuto do contrato para validação, que deverá ocorrer esta semana. Com este contrato-programa, o IPG prepara-se para construir um edifício com 151 camas, com um apoio de 85 por cento do PRR.
Em comunicado, o IPG refere que esta homologação é consequência da contestação que realizou à metodologia utilizada na distribuição do financiamento para as residências de estudantes. “A contestação foi atendida e a sua residência passou a constar da homologação do ministro Fernando Alexandre”, explica o Politécnico.
O presidente do IPG, Joaquim Brigas, citado no documento, não tem dúvidas de que “foi feita justiça” ao instituto e “à necessidade que esta instituição tem de disponibilizar mais camas a um número crescente de alunos em muitos cursos”. “É de saudar, também, a disponibilidade dos intervenientes neste processo para reconhecerem que o Politécnico da Guarda estava a ser vítima de uma injustiça e para a corrigirem, caso do senhor ministro Fernando Alexandre”, acrescenta.
O líder da instituição de ensino superior considera que é importante “que o processo avance rapidamente”, lembrando que as verbas que advêm do PRR têm que ser executadas na totalidade antes de 2027. Brigas garante que o IPG tem tudo pronto para avançar rapidamente no terreno com este projeto.
Recorde-se que o IPG também já tinha conseguido aprovar uma residência estudantil para Seia, onde funciona a sua Escola Superior de Turismo e Hotelaria. Com 100 novas camas, uma antiga fábrica será reconvertida em alojamento para estudantes do ensino superior. Este projeto resultou de uma parceria do IPG com a Estamo, ficando assim a obra a cargo da construção pública (antiga Parque Escolar). A gestão é da responsabilidade da instituição.
“A futura residência vai ser fundamental para captar mais estudantes para a Escola Superior de Turismo e Hotelaria num futuro próximo”, salienta Joaquim Brigas.